Bagdá, 11 out (Prensa Latina) Forças governamentais iraquianas afirmaram hoje que frustraram vários assaltos de combatentes do Estado Islâmico (EI) a regiões da Al-Anbar, ainda que admitindo temor de que os extremistas sunitas cheguem a dominar totalmente essa província ocidental.
O ministério de Defesa anunciou que o Exército repeliu três ataques dos yihadistas em Samarra, No canal do Tigre e Al-Anbar, graças ao apoio de voluntários xiitas e sunitas moderados, bem como da aviação iraquiana e da coalizão internacional encabeçada pelos Estados Unidos.
As operações iniciadas na sexta-feira estendem-se neste sábado aos pontos mais conflitivos, indicou um porta-voz dessa dependência ao ressaltar que só ontem contabilizaram 78 "takfiristas" (terroristas islâmicos sunitas) mortos em consequência do fogo das tropas regulares.
Assim mesmo, assegurou que a aviação nacional impediu a tomada da Al-Gulam, em Samarra, por parte do DAESH, nome em árabe do EI, que perdeu ali 19 homens e cinco carros de artilharia, enquanto em áreas do rio Tigre tiveram 21 mortos e na Ponte Japonesa da Al-Anbar, outros 38.
No entanto, o canal Al-Sharqiyah de TV disse que o Conselho Provincial (governo) da Al-Anbar solicitou às autoridades de Bagdá uma ajuda militar urgente para impedir uma provável queda da Al-Anbar em mãos yihadistas, fazendo mensão às tropas terrestres estadunidenses.
De acordo com o vice-presidente do Conselho, Faleh AL-Issawi, Al-Anbar "poderia cair em 10 dias", e opinou que a situação na cidade síria de Kobane, fronteira com a Turquia, tem desviado a atenção sobre o avanço do EI em sua província.
Demandou que a aviação estadunidense e de seus aliados na luta contra o EI intensifiquem os bombardeios, depois que os fundamentalistas sunitas tomaram bases do Exército e intensificaram seus ataques a Ramadi, a capital dessa região.
"A província abriga a represa de Haditah, a segunda maior represa do Iraque que, se cair em mãos do EI, põe em perigo a segurança e existência de numerosos povoados, tanto por eventuais cortes do fornecimento de água como por inundações deliberadas", comentou o meio de imprensa.
Expecialistas nacionais foraneos admitiram que a situação ali é "preocupante" e "frágil", dada a posição estratégica da Al-Anbar de fronteira com a Síria, pois se o DAESH a domina, teria uma ampla faixa de território na qual poderia estabelecer uma linha de fornecimento.
Inclusive, estaria potencialmente em condições de lançar ataques diretos contra Bagdá, a capital do país, comentaram pesquisadores ao canal, enquanto outras fontes reiteraram a incapacidade dos bombardeios aéreos de debilitar e derrotar o EI no Iraque e na Síria.
Frequentadores de mesquitas de Fallujah denunciaram que os extremistas -que dominam essa importante cidade da Al-Anbar- lhes impedem de realizar as cerimônias de sextas-feiras quando se negam a lhes jurar obediência e lealdade, e têm submetido a algumas pessoas a detenção domiciliar.
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