Segundo reportagem publicada pelo jornal sueco Expressen nesta segunda-feira, 17 de novembro, a Suécia sofreu uma nova violação no seu espaço aéreo. O fato ocorreu no sábado, desencadeando a decolagem de vários caças JAS-39 Gripen da Força Aérea Sueca. Porém, diferentemente de ocasião anterior, a invasão não foi feita por uma aeronave militar russa, e sim francesa.
A informação foi confirmada pelo porta-voz das Forças Armadas Suecas, Jesper Tengroth, que afirmou: “Posso confirmar que uma aeronave francesa esteve no espaço aéreo sueco no sábado.” A OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte), que mantém um rodízio de destacamentos de forças aéreas de seus membros para a proteção do espaço aéreo dos países bálticos, informou que nenhuma de suas aeronaves esteve envolvida. Por seu lado, as Forças Armadas Francesas afirmaram não ter informações sobre o evento, e que buscariam junto à OTAN.
Em contato com a OTAN, o jornal sueco obteve a informação de que, apesar de haver uma rotação de destacamentos de caças no policiamento aéreo do Báltico, no momento não há forças francesas envolvidas nesse rodízio, assim como nenhum exercício da organização com a França, na região. A OTAN informou que uma aeronave da Alemanha esteve envolvida numa interceptação de aviões russos na manhã de sábado, próximo à Estônia (um IL76 e dois Su-27), em espaço aéreo internacional, mas que isso não tem relação com o incidente no espaço aéreo sueco, por ter ocorrido longe deste.
Inicialmente, o Expressen havia noticiado que o invasor do espaço aéreo sueco era uma aeronave russa, mas depois se retratou informando ser uma aeronave militar francesa. A informação correta também foi dada pela rádio sueca. Esta acrescentou que o porta-voz JesperTengroth não revelou o motivo do avião francês ter invadido o espaço aéreo da Suécia. A rádio também destacou que o fato ocorreu praticamente dois meses após a invasão de aeronaves russas ao espaço aéreo sueco.
Curiosamente, nem a rádio nem o jornal, ainda que este buscasse informações em meios franceses como a própria embaixada, não divulgaram uma informação disponível no próprio site do Ministério da Defesa da França, de que apenas dois dias antes da invasão, 13 de novembro, pelo menos um avião militar francês cumpriu missão na região, a serviço da OTAN.
Segundo nota daquele ministério divulgada no dia 14, uma aeronave de patrulha marítima Falcon 50 da Marinha Francesa cumpriu missão de vigilância do tráfego marítimo a partir de Gdynia, no norte da Polônia. No mesmo dia, na Romênia (bem mais ao sul), um avião-radar (AWACS) da Força Aérea Francesa cumpriu mais uma missão de vigilância aérea, partindo de Avord, na França.
Fica a pergunta: será que o avião militar interceptado foi o Falcon 50 (foto abaixo) da Marinha Francesa, em alguma nova missão no Báltico?
FONTES: Expressen, Sverige Radio e Ministério da Defesa da França (compilação, tradução e edição do Poder Aéreo a partir de originais em sueco, inglês e francês).
FOTO DO ALTO E DO MEIO: Forças Armadas da Suécia (em caráter meramente ilustrativo)
Pode Aéreo
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