Tel Aviv, 24 nov (Prensa Latina) O premiê israelense, Benjamin Netanyahu, advertiu o Legislativo francês que o considerará irresponsável se votar uma resolução não vinculante que pede o reconhecimento do Estado palestino independente, segundo declarações difundidas hoje.
O premiê declarou à imprensa: "claro que estou preocupado porque o reconhecimento de um Estado palestino seria irresponsável. (...) Por isso estão votando é por uma Palestina sem paz".Os palestinos querem ter um Estado. Não finalizar a guerra com Israel, mas sim continuar a partir das fronteiras melhoradas, disse Netanyahu, cuja política de expansão nos territórios ocupados é objeto de crescentes críticas na União Europeia (UE) e inclusive de seu aliado estratégico, os Estados Unidos.
Israel conta com um dos 10 exércitos mais poderosos do mundo além de possuir centenas de bombas atômicas fabricadas em suas instalações secretas no deserto de Negev, reveladas ao mundo por um cientista deste país que as considerou um perigo para a humanidade nas mãos de governos extremistas.
Em contrapartida, os palestinos não possuem Exército, nem Força Aérea nem Marinha de Guerra e suas forças de ordem interna estão limitadas a armas de médio calibre e pessoais.
As formulações do premiê acontecem após o reconhecimento do Estado palestino pela Suécia, a votação do Legislativo britânico que pede ao Governo uma ação similar e programadas votações sobre o tema nos parlamentos francês e espanhol.
Em 1993 a Organização para a Libertação da Palestina assinou os Acordos de Oslo, nos quais reconhece Israel em troca da libertação de palestinos em prisões desse país e o início de diálogo de paz que desembocasse na constituição do Estado independente.
A morte, em um atentado de 1995, do premiê Yitzhak Rabin, partidário do princípio de terra por paz, um caso inédito até então, lançou o processo negociador por um precipício do qual nunca saiu; a parte de Tel Aviv permanece não cumprida.
O aumento do extremismo das administrações israelenses, a crescente expropriação de territórios na Cisjordânia e, este ano, a agressão militar de 50 dias contra Gaza, têm levado uma parte da comunidade internacional a repensar sobre sua postura frente à crise palestina, que já se prolonga por 68 anos.
Prensa Latina
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