A Força Aérea da Finlândia revelou nesta terça-feira, dia 10, que uma excepcional e intensa atividade russa foi detectada sobre o Golfo da Finlândia e do Mar Báltico, em geral, durante um grande exercício militar das Forças Armadas russas. Essa atividade foi uma oportunidade para os pilotos finlandeses fotografarem um grande número de aeronaves militares russas bem de perto.
A atividade foi detectada pela primeira vez no dia 6 de dezembro, e continuou entre domingo e terça-feira. Ainda não se sabe quando o exercício está programado para terminar.
Carl Haglund, ministro da Defesa da Finlândia, estimou na terça-feira que a atividade é claramente uma demonstração de força por parte da Rússia. “Ela não apresenta uma ameaça imediata, mas a Rússia com suas ações está demonstrando que ela tem o poder e a capacidade de agir, caso opte nisso”, destacou Haglund.
A atividade fez com que a Força Aérea Finlandesa intensificasse as suas operações de policiamento aéreo, e também ajustasse o número de caças F/A-18 Hornet em stand-by em várias bases aéreas. A OTAN reforçou seus esforços para monitorar o espaço aéreo da Suécia e dos países bálticos.
A atividade é incomum também em função do número e do tipos de aeronaves detectados na região, acrescentou o brigadeiro-general Petri Tolla, o chefe de gabinete do Comando da Aeronáutica.
Foram detectados bombardeiros, aeronaves furtivas e jatos interceptadores, bem como aviões de transporte, de acordo com Tolla. “Mais do que um de cada tipo de aeronave foi detectada. Eu não gostaria de comentar sobre os números específicos.” Nenhuma aeronave chegou a violar o espaço aéreo finlandês.
A aeronave mais presente teria sido o bombardeiro Tu-95 Bear.
Tolla não soube explicar os objetivos do exercício militar russo sobre o Mar Báltico. “Eles passaram entre a Rússia continental e Kaliningrad, e depois voltaram”, disse ele.
Haglund estimou que a atividade é uma indicação de quão tensa esta situação de segurança está atualmente.
Tanto ele como Tolla recusaram-se a revelar exatamente quantos voos de interceptação os jatos finlandeses tiveram que efetuar. A resposta foi “vários”, disse Haglund. “As imagens que publicamos mostra que temos tido muito trabalho até agora”, acrescentou Tolla.
O brigadeiro-general também revelou que a atividade ocorreu em todas os períodos do dia, embora principalmente durante o dia. Nem toda a aeronave havia ligado o seu transponder ou tinha um plano de voo, de acordo com Tolla.
Além dos bombardeiros Tupolev Tu-22M e Tupolev Tu-95, os jatos finlandeses identificaram também jatos Sukhoi Su-27 e MiG-31, caças bombardeiros Sukhoi Su-24 e Sukhoi Su-34, bem como aeronaves de transporte multifunção Ilyushin Il-76 e Antonov An-26, que foram detectadas sobre o Mar Báltico.
Fonte: Helsinki Times – Tradução e Adaptação do Texto: Cavok
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