A tarefa é muito ambiciosa, especialmente considerando o fato de que além de Boeing e Airbus, que em 2013 colocaram no mercado, respectivamente, 731 (83 de combate e 648 civis) e 657 (31 de combate e 657 civis) aviões no mercado internacional, há também outros grandes atores.
No dia 19 de novembro, em uma reunião sobre os programas de desenvolvimento de longo prazo da Corporação Unida de Aviação, o primeiro-ministro Dmítri Medvedev disse que a corporação "visa criar até 2025 um terceiro centro mundial para a indústria aeronáutica pelo volume de produção de aeronaves (junto com a Boeing e a Airbus), tanto no segmento de forças armadas quanto no setor civil".
O primeiro-ministro também observou que a tarefa principal da corporação é aumentar a "produção de aeronaves civis competitivas" e que sua "parte da produção total tem que ser aumentada de 30% para 50%”.
A tarefa é muito ambiciosa, especialmente considerando o fato de que além de Boeing e Airbus, que em 2013 colocaram no mercado, respectivamente, 731 (83 de combate e 648 civis) e 657 (31 de combate e 657 civis) aviões no mercado internacional, há também outros grandes atores. Por exemplo, os fabricantes de aviões regionais ATR, Bombardier e Embraer, que em 2013 transferiram para os clientes respectivamente 74, 55 e 90 aeronaves, e têm a intenção de aumentar a produção no futuro. Há também outros atores no mercado de aviação militar.
Um mercado complicado
Em 2013, a Corporação Unida de Aviação informou ter entregue aos clientes 126 aviões, dos quais 96 de combate, transporte e modelos especiais, e 30 civis. No ano anterior, a corporação informou ter entregue 23 aeronaves civis. No ano que vem, planeja produzir não menos do que 36 aeronaves SSJ-100 e cerca de 50 aeronaves de outros modelos, de acordo com especialistas.
Para mudar a situação, foram atraídos grandes investimentos para o desenvolvimento da produção de aviões civis na região de Irkutsk –um acordo entre a Corporação Unida de Aviação, o governo regional e uma série de outros participantes foi assinado durante o recente Fórum Internacional do Baikal Clasterra.
Além disso, de acordo com Mikhail Pogossian, presidente da corporação, a velocidade de crescimento da produção de aeronaves tem por objetivo a luta contra os custos, identificada como uma das prioridades.
"A redução dos custos, por meio da busca de recursos internos, tornou-se um fator fundamental no aumento do volume de produção, que resulta em lucros", enfatiza Pogossian. No futuro, as medidas tomadas vão aumentar a produção do SSJ-100 para 60 unidades por ano.
De acordo com os cálculos da revista profissional "Vzlet", no final de 2013, os construtores russos de aeronaves entregaram aos clientes 96 aviões de combate (excluindo os de transporte e especiais), dos quais 68 foram transferidos para o Ministério da Defesa da Rússia; 28 caças foram para clientes de vários contratos de exportação.
Lutando pelo futuro
As perspectivas do mercado global de aviação de combate são promissoras. De acordo com previsão do Centro de Análise do Comércio Mundial de Armas, entre 2014 e 2017, haverá demanda por quase 530 aeronaves, no valor de US$ 52,1 bilhões, no mercado mundial de exportações.
Para comparar, entre 2010 e 2013, apenas 472 novos aviões, no valor de US$ 29,9 bilhões, foram vendidos por contratos de exportações e acordos de licença. Além disso, há também os fornecimentos para as forças armadas nacionais.
Gazeta Russa
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