Resolução sobre a Palestina: sempre há esperança? - Noticia Final

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quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Resolução sobre a Palestina: sempre há esperança?

Israel, Palestina, resolução, ONU, EUA, independencia

A delegação da Jordânia pretende apresentar para votação do Conselho de Segurança da ONU um projeto de resolução preparado pela Palestina com a participação de outros países árabes. O documento estabelece prazos específicos de retirada das tropas israelenses dos territórios palestinos: até novembro de 2016.

O projeto já recebeu o apoio de Moscou. “A posição e as exigências dos palestinos são justas”, declarou o ministro do Exterior russo, Serguei Lavrov, em entrevista à France 24. “ Foi-lhes prometido um Estado já há muito tempo. A essência do projeto de resolução promovido pelos árabes no Conselho de Segurança da ONU é absolutamente legítima, e nós não podemos deixar de apoiá-lo”.
Anteriormente, analistas tem dito que o documento seria provavelmente bloqueado pelos Estados Unidos. No entanto, por alguma razão, a situação está causando grande preocupação em Israel. Assim, o ministro das Relações Exteriores do país, Avigdor Lieberman, apelou ao governo para apresentar urgentemente seu próprio plano de resolução do conflito palestino-israelense, chamando a resolução palestina de “ataque diplomático”. “O Estado de Israel não aceita o ditado da Palestina”, disse ele.
Por que se preocupam os israelenses? Explica o ativista de direitos humanos israelense, Israel Shamir:
“As relações entre Obama e Netanyahu são muito ruins. Tanto é assim que o escritório do primeiro-ministro de Israel têm-se ouvido afirmações como 'o atual regime norte-americano não vai durar eternamente'. E do outro lado ouvimos, por exemplo, a declaração do secretário de Estado John Kerry, que disse que os Estados Unidos ainda não decidiram como vão votar. Tal declaração é incomum para um representante norte-americano. Além disso, sabe-se que Netanyahu se dirigiu ao presidente francês pedindo-lhe que bloqueasse a resolução. No entanto, não está claro por que motivo Hollande, com seu índice de popularidade já baixo, iria fazê-lo. Mas o importante não é isso – esse pedido significa que os israelenses já não têm a mesma confiança total na América como antes”.
Entretanto, no Conselho de Segurança está também um projeto norte-americano. Isto foi divulgado anteriormente pelo vice-ministro russo das Relações Exteriores, Guennadi Gatilov. Os detalhes do projeto não são bem conhecidos, mas é lógico supor que será um certo compromisso entre as posições dos palestinos e dos israelenses. Durante as discussões, ele pode ser complementado.
E, neste caso, podemos esperar que, pela primeira vez em muitos anos, o conflito palestino-israelense receberá uma reação mais ou menos equilibrada do Conselho de Segurança na forma de uma resolução. Se assim for, então isso também será um bom resultado, embora intercalar. E é de notar que ele será alcançado graças à iniciativa palestina. E certamente irão se seguir novos passos em frente.

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