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segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Destróier Tipo 45 nas Malvinas: resposta de Londres à oferta de caças russos aos argentinos

Royal Navy Type 45 Destroyer HMS Dragon
Exatos 20 dias depois de a opinião pública internacional ter sido surpreendida pela notícia, veiculada em Londres, de uma suposta oferta de jatos de ataque Su-24M à Força Aérea Argentina – aparente retaliação do presidente Vladimir Putin às sanções que o Ocidente vem impondo ao seu governo por causa do apoio aos separatistas da Ucrânia –, o Ministério da Defesa britânico admitiu, no último sábado (18.01), a presença do poderoso e sofisticado destróier antiaéreo Tipo 45 “Dragon”, de 8.000 toneladas, na área das Ilhas Malvinas (que os britânicos chamam de Falklands).
O “Dragon” está equipado com dois sistemas de mísseis antiaéreos Aster, para a interceptação de alvos entre 1,7 km e 120 km, além de vetores Harpoon, para a guerra de superfície, e um mix de canhões e metralhadoras onde se destaca o canhão antiaéreo de alta velocidade Phalanx CIWS.
Navios de guerra da Marinha Real no arquipélago malvinense não são, propriamente, uma novidade, mas um porta-voz do Ministério da Defesa da Grã-Bretanha, identificado pelo jornal inglês “Sunday Express” como uma “fonte sênior da Marinha”, fez declarações inusitadamente duras acerca da prontidão dos ingleses para repelir uma eventual ameaça dos argentinos à soberania britânica no território ultramarino das Malvinas.
Escolha deliberada – “Nós tivemos um Tipo 45 lá embaixo [Atlântico Sul] no último ano e nós temos um na região enquanto falamos”,disse o porta-voz, “e nós vamos ter outros disponibilizados no futuro”.
Em outro trecho de suas manifestações, o porta-voz é incisivo: “É claro que a escolha de mandar um Tipo 45, em contraposição a um Tipo 23 [fragata mais antiga (década de 1980) e menos artilhada] por exemplo, é deliberada”.
A fonte referiu-se, então, à capacidade do destróier “Dragon” de reforçar a defesa antiaérea baseada em terra que os ingleses mantém nas Malvinas: “Se necessário eles podem prover capacidade de defesa aérea adicional. Este é o papel deles”.
A modernidade do Tipo 45 também foi abordada: “Estes navios têm uma imensa capacidade e podem olhar para adiante no seu radar além do horizonte por centenas de quilômetros” .
Na noite da sexta-feira (17.01), o Ministério da Defesa britânico já havia comentado a presença de uma de suas principais embarcações na área das Falkland:
“Nossa postura militar global no Atlântico Sul é baseada em avaliações periódicas da ameaça e as Ilhas Falkland permanecem bem defendidas.
Nós não faremos comentários sobre detalhes operacionais específicos. Nós permanecemos vigilantes e comprometidos com a proteção dos ilhéus das Falkland”.
Visitas - O Poder Naval ouviu uma fonte da Oposição ao governo Cristina Kirchner no Congresso argentino.
Segundo ela, a presença de um navio de guerra inglês nas Malvinas já era esperada – por causa da repercussão mundial obtida pela notícia da oferta de Su-24M a Buenos Aires –, e não é a única.
O Quartel-General da Marinha em Buenos Aires acompanha outras visitas consideradas igualmente provocativas. Entre elas a do navio de patrulha pesqueira “Pharos SG”, uma embarcação civil, de 1.986 toneladas, que fundeou ao largo das Ilhas Georgias do Sul em dezembro, procedente do porto chileno de Punta Arenas (por onde passou também o destróier “Dragon”), oficialmente a serviço da Diretoria de Pesca das Georgias do Sul e das Ilhas Sandwich do Sul.
A Diretoria de Pesca das Georgias tem a sua sede administrativa instalada na Casa de Governo, em Port Stanley. Os militares argentinos não têm dúvidas de que o “Pharos SG” cumpre missões de vigilância em águas que Londres considera sob sua jurisdição, para além dos assuntos estritamente relacionados à pesca.
O estresse dos argentinos deve aumentar nos próximos meses.
Até maio – final do verão antártico –, os ingleses devem despachar para as Malvinas dois navios oceanográficos: o “RRS Ernest Schackleton” – via África do Sul –, de 1.800 toneladas e convés de vôo para helicópteros de até 10 toneladas, e o  “RRS James Clark Ross”, de 7.400 toneladas, que também fará escala em Punta Arenas.
O “Schackleton” chega a Port Stanley no dia 21 de janeiro – para uma série de quatro visitas que irão se estender até maio –, e o “Ross” a 12 de abril, para uma permanência de 40 dias. Ambos pertencem à entidade denominada Pesquisa Antártica Britânica, que tem sede em Londres e mantém fortes vínculos operacionais com a o setor de pesquisas científicas da Marinha Real.
Poder Naval

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