Chanceler federal alemã e presidente dos EUA demonstram preocupação com aumento da violência no leste ucraniano. Washington se dispõe a emprestar 2 bilhões de dólares. Kiev aprova mobilização de 100 mil soldados.
A Casa Branca comunicou que o presidente dos EUA, Barack Obama, e a chanceler federal alemã, Angela Merkel, discutiram sobre a situação na Ucrânia, durante um telefonema realizado nesta quinta-feira (15/01). Tanto Merkel como Obama expressaram preocupação com o aumento da violência no conflito ucraniano.
“Os dois líderes discutiram o seu apoio a um robusto pacote de financiamento internacional à Ucrânia, uma vez que esta implemente uma ambiciosa série de reformas”, diz o comunicado da Casa Branca.
“Eles também expressaram preocupação com o aumento da violência separatista no leste ucraniano e reiteraram o seu acordo sobre a necessidade de uma implementação plena e rápida dos acordos de Minsk, a fim de chegar a uma duradoura e pacífica solução para o conflito”, segue o texto.
Kiev deve receber ajuda financeira de Washington
Washington anunciou sua intenção de oferecer 2 bilhões de dólares adicionais à Ucrânia em garantias de empréstimos, que se somariam ao 1 bilhão de dólares concedidos em 2014. A Alemanha assinou um empréstimo de 590 milhões de dólares a Kiev, na semana passada, e a União Europeia (UE) disse que garantirá outros 1,8 bilhão de dólares.
Os fundos estão condicionados ao cumprimento do programa de reformas acordado pela líderança ucraniana com o Fundo Monetário Internacional (FMI), que concordou em fazer um resgate financeiro no valor de 17 bilhões de dólares no ano passado para estabilizar as contas públicas do país.
A conversa entre Merkel e Obama ocorreu logo após separatistas pró-Rússia terem anunciado a captura de restos de um importante aeroporto na cidade de Donetsk. Nesta terça-feira, um foguete atingiu um ônibus intermunicipal de passageiros, próximo à cidade de Volnovaja, na região de Donetsk.
Os incidentes frustram ainda mais as esperanças de um acordo de paz entre Kiev e os rebeldes. Um encontro entre Ucrânia e Rússia está marcado para está sexta-feira, em Minsk. Os líderes dos separatistas se recusaram a participar.
Kiev aprova mobilização de 100 mil soldados
Também nesta quinta, a Ucrânia lançou um plano para mobilizar mais de 100 mil soldados, neste ano, para combater os separatistas no leste do país. O Parlamento ucraniano aprovou, por 268 votos a 1, um decreto assinado pelo presidente ucraniano, Petro Poroshenko, nesta quarta-feira, que viabiliza três ondas de mobilização militar.
PV/dpa/rtr
Fonte: DW.DE
“2015 será o ano da nossa vitória” – Poroshenko
Apesar das negociações de paz em curso, Poroshenko entrega aviões de guerra e tanques a militares, defendendo “Exército patriota e bem equipado”. Diplomatas buscam solução para conflito com separatistas.
O governo da Ucrânia está se preparando para uma guerra contra os separatistas pró-Rússia no leste do país, apesar das negociações de paz internacionais em curso. Nesta segunda-feira (05/01), o presidente ucraniano, Petro Poroshenko, entregou aviões de guerra, morteiros e tanques blindados a militares.
“Estou convencido de que 2015 será o ano da nossa vitória”, disse o líder na cerimônia de entrega, perto de Zhytomyr, no norte do país. “Para isso, precisamos de um Exército forte, patriota e bem equipado.”
Paralelamente, diplomatas da Ucrânia, da Rússia, da Alemanha e da França discutiram em Berlim nesta segunda-feira a aplicação do acordo de cessar-fogo de Minsk, assinado no início de setembro do ano passado. Naquele momento, foi acordada a retirada de equipamentos pesados de guerra – exatamente o contrário do que Poroshenko está fazendo agora.
Segundo o Ministério do Exterior alemão, houve progressos em Berlim, mas também ficou claro que “ainda há muitas questões em aberto”. Representantes da Ucrânia e da Rússia já haviam expressado dúvidas sobre a eficácia das negociações antes mesmo do encontro. O diplomata ucraniano Alexei Makeyev afirma que o acordo de Minsk foi interpretado de maneira diferente pelas partes envolvidas no conflito.
Entretanto, o presidente ucraniano pretende participar de novas negociações de paz na presença do líder russo, Vladimir Putin, a serem realizadas em 15 de janeiro no Cazaquistão. O presidente francês, François Hollande, e a chanceler federal alemã, Angela Merkel, também devem comparecer ao encontro.
Ambos os governos, da França e da Alemanha, afirmam que a realização da reunião de cúpula dependerá dos próximos acontecimentos e de avanços rumo a uma solução do conflito no leste ucraniano.
Merkel se reunirá com o com o primeiro-ministro ucraniano, Arseniy Yatsenyuk, nesta quinta-feira, em Berlim. Nesta segunda-feira, Hollande declarou a uma emissora de rádio que a reunião no Cazaquistão só deveria acontecer se houvesse progresso nas conversações na capital alemã.
LPF/dpa/afp
Fonte: DW.DE
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