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sábado, 24 de janeiro de 2015

XI JINPING E KIM JONG-UN PODEM SE ENCONTRAR… NA RÚSSIA

Possível encontro entre presidente chinês e líder norte-coreano em Moscou transformaria status da Rússia na questão das Coreias

Está se tornando cada vez mais provável que o líder norte coreano, Kim Jong-un escolha a Rússia como destino da primeira viagem ao exterior desde que assumiu o poder. Kim foi convidado para visitar o país em maio para participar das comemorações dos 70 anos do fim da Segunda Guerra na Europa. O ministro das Relação Exteriores russo, Sergei Lavrov, disse em pronunciamento recente que o convite teve resposta “positiva” de Pyongyang – o indício mais próximo de que Kim fará a viagem.

Lavrov também disse à imprensa que o president chinês, Xi Jinping “comfirmou sua participação das festividades”. Sugere então um cenário interessante – Xi e Kim podem ter seu primeiro encontro cara a cara em solo russo.

Em texto para o 38 North, Georgy Toloraya, diretor de programas para a Coreia no Instituto de Economia da Russian Academy of Science, nota que a visita do líder norte coreano a Moscou proporciona amplas oportunidades para a Rússia mediar conversas. Haveria até mesmo potencial de abrir caminho para reiniciar as negociações das seis partes (Coreia do Norte, Coreia do Sul, Japão, China, Estados Unidos e Rússia) acerca do programa nuclear de Pyongyang. Se essa aposta der certo, “colocaria a Rússia à frente dos assuntos relacionados à Coreia”, escreve Toloraya.

Um possível encontro seria entre Xi Jinping e Kim Jong-un que, conforme aponta Toloraya, “não parecem gostar muito um do outro”. Em participação por telefone em uma coletiva do 38 North, o especialista diz que sso torna a China imprévisível. Xi pode relutar em se associar a Kim por motivos políticos ou mesmo pessoais, e se recusar a encontrá-lo em Moscou seria “um grande embaraço para a Rússia”.

Por outro lado, se os líderes da China e da Coreia de fato se encontrarem, mesmo que brevemente, será um ponto a favor da Rússia. Seria um sinal forte de que Pequim, Pyongyang e Moscou  desejam voltar a dialogar – e pressionaria os Estados Unidos a participarem. A China vem insistindo publicamente há meses pelo retorno das negociações entre as seis partes, mas os EUA em particular exigiram pré-condições que a Coreia do Norte não aceitou. Um encontro trilateral hipotético entre Xi, Kim e o presidente russo Vladimir Putin aproximaria três das seis partes, o que poderia significar um ponto de inflexão na retomada dos diálogos.

Sob uma perspectiva bilateral, uma conversa entre Xi Jinping e Kim Jong-un representaria um marco nas relações entre China e Coreia do Norte no governo de Kim. Tem havido uma sensação de distância entre os dois países desde que Pyongyang realizou seu terceiro teste nuclear, em fevereiro de 2013, quando o próprio Xi Jinping assumiu o poder. A Coreia do Norte teria realizado o teste apesar da forte oposição de Pequim, e a manobra, entendida como provocação, desencadeou novos debates na China sobre adotar ou não uma nova abordagem em relação ao país vizinho.

Porém, a China recebeu bem as propostas da Coreia do Norte tanto para o Sul quanto para os EUA. Pyongyang se propos a negociar com Seul e até mesmo suspender futuros testes nucleares se Washington concordar em cancelar exercícios militares conjuntos com com a Coreia do Sul. Aos olhos de Pequim (assim como de muitos analistas ocidentais) trata-se de um sinal positivo que tanto Washington quanto Seul devem levar a sério. Neste começo de ano, a China se frustrou mais com a reação dos EUA a Pyongyang do que o contrário. Se a Coreia do Norte continuar a se comportar bem, há mais chances de Xi Jinping e Kim Jong-un se encontrarem em maio.

A China também vem apoiando a renovação das relações entre a Coreia do Norte e a Rússia. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Hua Chunying, disse a repórteres que “tanto a República Democrática Popular da Coreia quanto a Rússia são vizinhos amigáveis da China... As trocas entre a Coreia do Norte e a Rússia contribuirão para a paz e estabilidade regional”. 

Ainda assim, uma potencial primeira conversa entre Xi e Kim na Rússia diz muito sobre a mudança nas relações entre China e Coreia do Norte. Kim ainda não foi convidado para visitar a China, apesar de autoridades insistirem que a dinâmica entre os dois países continua “normal”. O pai do atual líder, Kim Jong-il fez sua primeira viagem oficial ao exterior para lá e ao todo esteve no país vizinho sete vezes. O fato de Kim Jong-un não ter recebido nenhum convite pode ser entendido como uma fissura na relação entre os dois regimes. Caso os dois líderes se encontrem pela primeira vez na terra de Vladimir Putin, isso sinalizará muito não só sobre o estado atual das relações bilaterais, mas sobre o crescente papel da Rússia na questão das Coreias.

Defesa Net

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