“O enfoque da União Europeia (UE) quanto à dívida grega fracassou e deve ser alterado”. A afirmação é do economista norte-americano Paul Craig Roberts, que atuou na Secretaria do Tesouro durante o governo republicano de Ronald Reagan. Robert acrescenta que a pressão sobre a Grécia é um estímulo à desintegração da União Europeia.
– Não conhecemos que ameaças o governo grego tem recebido de Berlim e de Washington. Podem ser tremendas – afirmou Roberts, diretor do Instituto de Política Econômica e pós-graduado na Universidade de Oxford.
Caso a Alemanha decida que a Grécia deve abandonar a União Europeia, afirma, “este seria um grande erro e o começo da desintegração da UE”.
– Se a Grécia deixar a UE será um erro terrível, porque se sair e for resgatada pelos BRICS (grupo geopolítico integrado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, na sigla em inglês), Itália e Espanha poderão seguir o exemplo e iniciar negociações semelhantes – analisa.
O economista, que manteve uma coluna no Wall Street Journal, prevê tempos difíceis para o bloco econômico europeu, a permanecer os atuais níveis de tensão sobre o governo comunista grego.
– O fato de não se dar conta de que não se trata apenas de um crédito à Grécia, mas à própria União Europeia, poderá levar o bloco à divisão. A UE não entendeu o que realmente está em jogo. Não é uma questão de sanar a dívida grega. Trata-se da existência da UE – concluiu.
Fonte: Correio do Brasil / Plano Brasil
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