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quinta-feira, 19 de março de 2015

Pacto de aliança e integração: Moscou agora é responsável pela defesa da região separatista da Geórgia

Tibilov (esq.) e Putin

No aniversário da anexação da Crimeia, Moscou firma pacto de aliança e integração e passa a ser responsável pela defesa da região separatista da Geórgia. UE afirma que atitude pode abalar estabilidade regional.

A Rússia reforçou nesta quarta-feira (18/03) seu controle sobre a Ossétia do Sul, região separatista da Geórgia. O líder da região, Leonid Tibilov, e o presidente russo, Vladimir Putin, assinaram o chamado Tratado de Aliança e Integração, apesar da condenação por parte do Ocidente.

Segundo o pacto, a Rússia passa ser oficialmente responsável pela defesa da Ossétia do Sul. Milhares de soldados russos estão estacionados na república autodeclarada desde uma guerra contra a Geórgia em 2008.

Autoridades da Geórgia condenaram o tratado – semelhante ao que foi firmado entre Moscou e o enclave separatista da Abkázia no ano passado –, considerando-o uma anexação de facto de seu território por parte da Rússia. As regiões da Ossétia do Sul e da Abkázia se separaram da Geórgia após guerras civis nos anos 1990, depois do fim da União Soviética.

Antes da assinatura do pacto, a chefe da diplomacia da União Europeia, Federica Mogherini, afirmou que o Tratado de Aliança e Integração seria mais uma atitude da Rússia “que vai contra os esforços para assegurar a segurança e estabilidade da região”.

A assinatura do controverso pacto de integração da Ossétia do Sul vem no momento em que a Rússia comemora um ano da anexação da península da Crimeia, numa atitude amplamente condenada por Kiev e líderes ocidentais.

A Anistia Internacional acusa as autoridades pró-Moscou da Crimeia de levarem adiante uma “impiedosa campanha de intimidação para silenciar dissidentes” na península.

“Desde a anexação da Crimeia pela Rússia, as autoridades usam táticas para reprimir os dissidentes. Uma série de sequestros ocorreu entre março e setembro, fazendo com que muitos críticos do regime deixassem a região”, afirmou John Dalhuisen, diretor para a Europa e Ásia Central da organização de defesa dos direitos humanos.

RC/afp/dw

 DW.DE / plano brasil

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