Rebeldes Houthi apoiados pelo Irã capturaram toda a frota de MiG-29 do Iêmen em Al Anad. Arábia Saudita bombardeou a mesma área durante a noite.
A RSAF (Royal Saudi Air Force/Real Força Aérea Saudita) realizou vários ataques aéreos contra rebeldes Houthi no Iêmen. A Arábia Saudita iniciou a “Operação Tempestade decisiva” contra o grupo golpista Houthi no Iêmen em apoio ao presidente legítimo Abd-Rabbu Mansour Hadi. A campanha aérea saudita foi lançada durante a noite, resultando na eliminação de vários líderes Houthi.
O Espaço aéreo do Iêmen está atualmente sob o controle total da Real Força Aérea Saudita. À medida que a operação continua, uma coligação de países, exceto Omã, participa na campanha, incluindo o Sudão, Egito, Marrocos, Jordânia e Paquistão.
A Arábia Saudita empregou 100 aviões de combate, 150 mil soldados e outras unidades da marinha, conforme relatou a Al Arabiya News. Enquanto isso, o Iêmen fechou seus principais portos na quinta-feira (26), enquanto a Arábia Saudita suspendeu voos para sete aeroportos no sul do Reino, conforme informou a agência de notícias Reuters.
A Casa Branca expressou apoio à campanha contra os Houthis. O Embaixador da Arábia Saudita em Washington, Adel al-Jubeir, anunciou que o reino havia lançado uma operação militar envolvendo ataques aéreos no Iêmen contra a guerrilha Houthi que reforçou seu domínio sobre o sul da cidade de Aden, onde Hadi se refugiara.
Jubeir disse a jornalistas que uma coalizão de 10 países se juntaram na campanha militar, em uma tentativa de“proteger e defender o governo legítimo” de Hadi. “Faremos o que for preciso para proteger o governo legítimo do Iêmen de cair”, disse Jubeir.
Os EUA estão acompanhando de perto a Arábia Saudita.
“O presidente Obama autorizou o fornecimento de apoio logístico e de inteligência para operações militares lideradas pela coligação”, disse o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, Bernadette Meehan, em um comunicado, referindo-se ao Conselho de Cooperação do Golfo (CCG).
A coalizão militar liderada pela Arábia declarou o espaço aéreo do Iêmen como uma “área restrita” depois que o rei Salman bin Abdulaziz ordenou os ataques aéreos sobre a milícia Houthi, apoiados e finaciados pelo Irã.
Forças iemenitas e leais a Hadi já conseguiram tomar o controle do aeroporto de Aden da milícia Houthi, relatou a Al Arabiya News Channel.
O Ministério das Relações Exteriores iraniano condenou a operação e exigiu o fim imediato do que descreveu como “agressão militar”, informou a agência de notícias Fars.
Os Houthis juntaram forças com os legalistas do ex-presidente Saleh em sua ofensiva para assumir o controle do Iêmen.
Operação Tempestade decisiva
O Ministro dos Negócios Estrangeiros iemenita, Riad Al Arabiya, disse que as operações continuarão até que os Houthis concordem em se juntar as negociações de paz e recuar em todas as medidas tomadas desde a sua ocupação da capital Sanaa em setembro passado.
Em uma declaração conjunta a Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Bahrein, Qatar e Kuwait disseram que“decidiram repelir as milícias Houthi, Al-Qaeda e Estado Islâmico do Iraque e da Síria no país”.
Os países do Golfo alertaram que o golpe a Houthi no Iêmen representava uma grande ameaça para a estabilidade da região.
Os Estados do Golfo também acusaram a milícia iraniana de realizar exercícios militares na fronteira com a Arábia Saudita com “armas pesadas.” Em uma aparente referência ao Irã, a declaração do Golfo disse que a“milícia Houthi é apoiada por potências regionais, a fim de que seja a sua base de influência”.
FONTE/IMAGENS: Al Arabiya News
IMAGEM de capa: airliners
Vídeo da captura dos MiG-29 do Iêmen
Cavok
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