Os engenheiros russos já começaram o desenvolvimento de um caça bombardeiro de sexta geração, de acordo com informação do diretor geral da Fundação de Estudos Avançados, Andrei Grigoriev.
“Nosso objetivo é estabelecer os fundamentos para o desenvolvimento do caça de sexta geração. Projetos nesse sentido estão sendo estudados. Em primeiro lugar, tem relação com os novos materiais e motores. Existe um projeto interesante do OKB Liulka [oficina de projetos Saturn Liulka, pai dos motores atuais da família de caça-bombardeiros Sukhoi] de desenvolver uma linha de motores com uma característica única em seu genero, que estamos considerando”, disse Grigoriev, o diretor geral da Fundação de Estudos Avanzados, equivalente russo ao DARPA dos EUA.
Segundo o funcionário, além dos motores, a fundação estuda projetos pertinentes de materiais compostos e possivelmente em um futuro próximo será escolhido um projeto, informa RIA Novosti. “Não nos referimos aos materiais compostos por si só, mas aos métodos de acompanhamento do seu estado. É um assunto chave para os materiais compostos”.
Sukhoi T-50, este é o quarto protótipo do caça stealth PAK FA. O ferrão da cauda indica que um radar foi montado.
As entregas do caça de quinta geração T-50 (PAK-FA) para a Força Aérea russa se iniciarão em 2016. O T-50 da Sukhoi, que combina as funções dos aviões de ataque e de combate, está dotado de nova aviônica e moderno radar AESA.
Vários analistas do setor tem dito que as principais ‘potências aeronáuticas’ européias, ao contrário dos Estados Unidos, Rússia, e China, não desenvolveriam um caça de combate de quinta geração, mas se dedicariam ao desenvolvimento de aviões de combate de sexta geração que provavelmente serão não tripulados. 1
Contraofensiva russa: Como seria o caça russo de sexta geração?
A aviônica para o caça de futurista de sexta geração já está sendo desenvolvieda na Rússia, porém o mistério em torno deste avião continua, em meio a acaloradas discussões entre partidários de aviões tripulados e drones.
O maior produtor de equipamentos eletrônicos na Rússia, o consórcio Tecnologias de Rádio-Eletrônica (KRET, essas são suas siglas em russo), já está desenvolvendo aviões de combate de sexta geração, de acordo uma extensa entrevista concedida pelo vice-diretor da companha, Vladimir Mizheyev, citado por RIA Novosti.
“Estamos trabalhando [em equipe] não só para o PAK-FA, mas já para a aeronave de sexta geração, que será desenvolvida em versões com e sem piloto”, explicou Mizheyev poucos dias depois que os Estados Unidos anunciar a destinação de fundos para um caça de sexta geração que deveria proporcionar ao país a superioridade aérea enfrentando os avanços neste setor por parte de chineses e russos.
“Não nos negamos criar uma versão tripulada, no momento o Ministério da Defesa está elaborando os requisitos técnicos”.
O motivo de contínuas discussões de militares e engenheiros (tanto russos como americanos) concernente à futurista aeronave reflete o mais importante: ao certo nada se sabe realmente sobre como será e quais características deve ter um caça-bombardeiro de sexta geração.
De acordo com estimativas preliminares do Departamento de Defesa dos EUA, o avião de combate de sexta geração será furtivo e super manobrável. Não se descarta que esta aeronave desenvolva velocidades hipersônicas (mais de Mach 5). E tal como no caso da Rússia, a pilotagem por um ser humano será opcional.
O curioso das avaliações dos americanos e russos é que os militares de ambos os países não tem uma idéia clara do que querem obter a final. “O Exército tem mudado constantemente os requisitos tratando de conseguir algo “perfeito para as condições de uso que todavia desconhecemos”, afirmou o diretor geral e chefe da I+D da companhia, Guivi Dzhandzhava, chefe de projeto aviônico das aeronaves russas tão conhecidas como Su-30, Su-35 e T-50 (PAK-FA), citado pela rede de notícias militar russa Zvezda.
O especialista se mostrou de acordo que o futuro da aviação militar pertence às aeronaves não tripuladas, mas indicou que uma grande parte de suas características já está implementada em aviões russos existentes.
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Segundo os engenheiros russos, o T-50 é quase um robô voador. O avião possui em sua fuselagem dezenas de diferentes sensores que permitem não só monitorar a situação do entorno, como também facilitam a troca de informações em tempo real tanto entre os postos de comando em terra como com seus pares aéreos. Seu ‘piloto eletrônico’, ao analizar automaticamente a situação, oferece ao piloto várias opções de atuar.
Os avançados aviões de combate russos já são capazes de realizar um vôo autônomo com uma variação na altitude e ‘dobrando’ o relevo do terreno. Deste modo permitem que o piloto se concentre na busca e destruição dos objetivos. Seu ordenador de bordo pode resolver outro problema: corrigir possíveis erros de pilotagem, não deixando superar ângulos de ataque críticos para a aeronave para que esta não fique rodando. Também é capaz de ejetar o piloto automaticamente, sem que este perca a capacidade de ejetar em caso de lesões ou perda de consciência.
Dzhandzhava acrescenta que, todos esses já são elementos de aviões de combate de sexta geração. Mas custa ir mais além? O especialista afirma que sim, porque um robô é melhor que uma pessoa. O treinamento de pilotos requer anos e enormes gastos. A perda de um piloto treinado é um duro golpe na Força Aérea. E também, os seres humanos podem adoecer, experimentar dificultades psicológicas e, como consequência, ser incapazes de cumprir sua missão. O robô está sempre disposto a lutar em qualquer situação.
Ao mesmo tempo o conhecido piloto de provas da corporação MiG, Mikhail Beliyaev, está seguro que somente o cérebro humano é capaz de avaliar adequadamente quando a situação em combate muda e tomar decisões por sua conta para cumprir suas tarefas. apesar de tudo. 2
Traduzido para publicação em dinamicaglobal.wordpress.com
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