O Secretário de Defesa do Reino Unido, Michael Fallon, descobriu em primeira mão o que significa o policiamento do espaço aéreo do Báltico, enquanto ele visitava nessa quarta-feira a Base Aérea de Amari, na Estônia.
Na quarta-feira (17) houveram duas surtidas, mais uma na noite anterior (16) e uma na manhã de quinta-feira (18), elevando o total para quatro interceptações feitas pelos Typhoons da RAF em apenas um pouco mais de 24 horas em Amari.
Dois Typhoons em missão QRA (Quick Reaction Alert) pousaram apenas uma hora antes do ministro chegar na base. Em pouco mais de 24 horas a contagem de intercepções da RAF incluiu quatro caças MiG-31BM Foxhound, dois bombardeiros Tu-22M3 Backfire C, dois aviões de vigilância An-26 Curl e uma aeronave de alerta e controle aerotransportado A-50 Mainstay.
Era esperado que a semana fosse agitada, porque os exercícios multinacionais de verão no báltico sempre atraem sobrevoos.
O piloto de um Typhoon, Flt Lt Oli Fleming, falando sobre terça-feira, disse: “Com uma surtida sem aviso eu fiz o trecho em Mach 1,5 para identificar as aeronaves que não haviam apresentado um plano de voo e não estavam com o transponder acionado. Voamos ao lado de um par de MiG 31s. É a primeira vez que eu vi este tipo de MiG. Eles estavam em espaço aéreo internacional, voando a partir de Kaliningrado”.
Na quarta-feira de manhã, foi a vez de um colega do Esquadrão 6, Major Ryan Franzen, que vindo de um intercâmbio com o US Marine Corps, falou de sua primeira missão do dia: “O Typhoon voa alto, voa rápido e chega lá rápido. Fizemos uma ID visual do Tu-22s. Não houve reação real. Uma pequena balançada das asas. É um procedimento seguro. Eles sabem o que estamos fazendo.”
Ele não termina aí. Maj Franzen e seu ala foram acionados mais duas vezes na mesma missão para interceptar dois pares de Foxhounds. Ele acrescentou: “Foi emocionante – especialmente voando numa tarefa e, em seguida, ter de fazer mais duas vezes. Isso é ótimo para os engenheiros em terra. Eles tornam isso possível.”
Apenas três horas depois, eles foram acionados novamente – desta vez para localizar aviões de vigilância – um An-26 e um An-50. Seu ala disse: “É o que estamos aqui para fazer. É muito para ver em um dia, mas essa atividade é rotineira para nós. Quando ouvimos o alarme é muito automático – mas há uma grande onda de energia e uma grande descarga de adrenalina “.
O Ministro da Defesa estoniano Sven Mikser cumprimentou Michael Fallon e referiu-se ao perigo que representam para a aviação comercial essas aeronaves na região do Báltico, sem planos de voo. Ele disse: “A Estônia é grata pela contribuição britânica para a nossa segurança. Tivemos uma estreita cooperação e esperamos que continue.”
O comandante para o destacamento da RAF, Wg Cdr Stu Smiley, da Ala Aérea Expedicionária 121, disse: “Estamos aqui quase dois meses e voamos cerca de 120 missões. Vinte e uma delas foram surtidas para interceptação e o resto para o treinamento. Nós identificamos pouco mais de um dúzia de aeronaves com plano de voo não identificados ou incertos. Este nível de atividade é um pouco maior do que o normal – mas isso é de se esperar, dadas aos grandes exercícios que ocorrem”.
Fonte: Ministério de Defesa do Reino Unido
CAVOK
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