Hassan Nasrallah: “Se fizerem guerra contra nós, o Hezbollah fará milhões de refugiados israelenses” - Noticia Final

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domingo, 7 de junho de 2015

Hassan Nasrallah: “Se fizerem guerra contra nós, o Hezbollah fará milhões de refugiados israelenses”


Em seu mais recente discurso, Sayed Hassan Nasrallah evocou longamente a situação no Líbano, assim como na Síria e no Iêmen, dedicando apenas uns poucos minutos à entidade sionista. Em resposta às últimas fanfarronadas dos israelenses, que ameaçaram arrancar de suas casas 1,5 milhão de libaneses em caso de guerra, edestruir o Líbano, Sayed Hassan Nasrallah explica que não passa de guerra psicológica, e que, além do mais, Israel não fez outra coisa em toda sua história, desde que foi inventada, que não fosse arrancar pessoas de suas casas e destruir o que encontre, e não há por que supor que de repente faria diferente. 

De novidade, está do lado da resistência, cada vez mais capaz de infligir desgaste considerável no inimigo, seja contra suas forças armadas seja no front interior de Israel – que será atacado se civis libaneses forem agredidos, e que, sim, arrancará de suas casas milhões de israelenses. A guerra na Síria, que já custou cinco vezes mais mortos ao Hezbollah (vídeo logo abaixo, legendado em francês) que a guerra de 2006 (apesar de tudo, os soldados do Estado Islâmico são menos covardes que os do Estado Judeu), pressagia derrota ainda mais completa para Israel, graças à experiência que o Hezbollah acumula.
Depois da libertação do Qalamoun, virá a libertação da Galileia e do Golan, anunciadas por Sayed Hassan Nasrallah. Virá, inevitavelmente.




Comentário de Norman Finkelstein: O exército de vândalos prepara-se para saquear Roma. Que a paz esteja com o Partido dos Deuses Romanos (para que possa esmagar as hordas bárbaras).


O primeiro ponto concerne ao inimigo israelense
Há alguns dias, pudemos ver, na Palestina ocupada, que o governo inimigo faz manobras no front interno denominadas “Virada Decisiva 8”. O número 8 remete ao fato de que estamos em 2015, e depois da guerra de julho (2006), depois que analisaram a situação, todos em Israel reconheceram unanimemente – unanimemente – ninguém em Israel supõe que Israel tenha vencido aquela guerra.
Claro que, no Líbano, há quem diga que Israel venceu. Mas em Israel não, ninguém supõe que Israel tenha vencido, o país reconhece que fracassaram, que foram vencidos e esmagados, etc. E vocês recordam que organizaram uma Comissão [Winograd] de inquérito, e depois dela descobriram que algo de novo acontecera, que na guerra de julho (2006), alguma coisa de novo entrara na equação, a saber, a entidade inimiga foi atacada no front interior, o qual dali em diante seria alvo conhecido.
Antes, o front interior de Israel era sempre (ou, pelo menos, na maior parte do tempo) preservado das guerras: as guerras israelenses desenrolavam-se (exclusivamente) em nossos territórios. Mas durante a guerra de julho (2006), e depois dela, é claro, ao longo das guerras de Gaza, Israel descobriu que a guerra se desenrolava no território inimigo, o território palestino ocupado pelo inimigo.
Israel viu-se forçada então a fazer exercícios também no front interior: com mísseis caindo sobre Haifa, Telavive, no norte, no centro, no sul, o que teria de ser feito das populações? Como fazer funcionar hospitais, estradas, escolas, lojas, aeroportos, etc.? Daí portanto os exercícios no front interior, para se prepararem.
Na ocasião dessas manobras – claro, há manobras todos os anos, exceto no ano passado, mas houve, esse ano; é possível que não tenha havido manobras ano passado, por causa de divergências quanto ao orçamento. Então, transferiram as manobras para esse ano.
Na ocasião dessas manobras, certo número de responsáveis militares e políticos israelenses fizeram declarações, ameaças, ameaçaram o Líbano. Ameaçaram destruir o país, arrasar, devastar, produzir refugiados em massa. Alguém falou de forçar 1,5 milhão de pessoas a fugir, 1,5 milhão de evacuados, de refugiados. Um milhão de libaneses obrigados a deixar sua região.
Quero comentar essas declarações.
Primeiro, são guerra psicológica “padrão”. Fanfarronadas e guerra psicológica às quais já nos habituamos desde que a entidade inimiga foi inventada. Desde antes de 1948, e depois de 1948, entre as armas desse inimigo, que lhes permitiam vencer povos e exércitos árabes e de toda a região, sempre houve guerra psicológica, fanfarronadas, jactância. Faz parte da guerra e não é novidade. Em primeiro lugar, portanto, não há aí novidade alguma.
Em segundo lugar, Israel declara que vai destruir, devastar, arruinar, fazer e acontecer por aqui, evacuar populações, 1,5 milhão de pessoas... A verdade é que desde que foi inventada, essa entidade caminha sobre mortos, destruição, deslocamento de populações inteiras, devastações, miséria, massacres. Essa é a natureza de Israel. Israel só faz destruir e repetir destruições. Não há novidade.
Claro, é positivo que Israel relembre aos povos da região: “Oh, pessoas, aqui há um inimigo que se chama Israel e cuja natureza é essa, criminosa, que não muda nem tenta mudar, que nem se interessa por ser ou fazer outra coisa que não seja matar. Essa é a natureza agressiva e terrorista que se autodescreve por essas “declarações” e ameaças, sempre as mesmas.
Em terceiro lugar, quero declarar, eu, é a minha vez, aos israelenses: vocês sabem que o mundo mudou. As coisas já não são como foram. A prova está bem aí, nas próprias manobras de vocês: por que, de repente, puseram-se a fazer manobras no front interno, depois da Guerra de Julho (2006)? Porque vocês descobriram que são exército vencido, exército que se pode vencer, que, se a entidade de vocês ataca, há resposta, que atacamos direto no coração e até as extremidades de seu território. E é em relação a essa nova situação que agora, vocês fazem manobras.
Vocês nos ameaçam justamente quando vocês mesmos são obrigados a treinar suas populações dentro do território em que vivem, no front interior. E não há confissão mais completa e incontestável de que a Resistência pode atingir todos esses locais, do que vocês, agora, terem de fazer manobras no front interno!
Em quarto lugar, vivemos novos tempos... Não a partir de hoje, mas desde 2000 e, sobretudo, depois de 2006, e também durante as guerras de Gaza. O tempo em que Israel destruía nossas casas e as dela continuavam intactas já passou. O tempo em que nossa infraestrutura ficava em ruínas, e a de Israel, intacta, já passou. O tempo em que os nossos tornavam-se refugiados e sem teto, enquanto os colonos ocupantes lá permaneciam nas colônias e vilas usurpadas, já passou. Depois de 2006, tudo isso acabou.
Mas o que espera vocês agora é bem pior do que o que conheceram em 2006, nesse plano e também noutros planos. E o digo com toda a clareza a esses israelenses que nos ameaçaram:
Se vocês ameaçam forçar 1,5 milhão de libaneses à evacuação, a Resistência Islâmica no Líbano pode forçar à evacuação milhões de israelenses. Milhões de vocês terão de deixar as próprias casas e serão refugiados. Assim será, se Israel impuser guerra ao Líbano
[Vozes na plateia: “Nasrallah, estamos a teu serviço!”]
Essa é realidade evidente, incontestável, e os dirigentes inimigos a conhecem muito bem. E o povo inimigo também a conhece muito bem.
Por todas essas razões, as palavras ocas, as ameaças vãs, não têm nenhum efeito, nenhum valor.
Israelenses, vocês sabem muito bem que não tememos as guerras de vocês. Se não tememos as guerras, por que temeríamos suas ameaças?!
E se por acaso supõem que estamos ocupados na Síria, no Qalamoun, em torno de Ersal e em outros lugares, se imaginam que essas lutas alteram alguma coisa na equação da guerra contra o inimigo israelense, saibam, e já dissemos mais de uma vez, que nenhum desses eventos muda coisa alguma na nossa prontidão de combate contra Israel. Bem ao contrário. Nossos sucessos e a experiência que estamos adquirindo e acumulando, essas sim, devem preocupar vocês e causar-lhes medo.
Seja como for, aqui declaro aos libaneses, ao povo libanês: Não deem atenção àquelas ameaças. Mas sei bem que elas nada alteram na vontade, na determinação de vocês, nem de perto, nem de longe. Elas são só um item da jactância que é sempre sinal de medo, de inquietação do inimigo.
São também uma das armas de dissuasão que o inimigo usa para tentar fazer frente à Resistência, porque teme a resistência, porque tem medo da Resistência, porque está convencido das capacidades da Resistência, bem mais, até, que certas pessoas (dentre os libaneses e alguns árabe-muçulmanos).
Isso, quanto ao primeiro ponto.
[Continua]

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