A indenização pelo incumprimento do contrato de fornecimento dos navios pode atingir 1.2 bilhões de euros, valor que a França gostaria de diminuir para 1 bilhão.
A publicação francesa escreveu que nas negociações sobre o incumprimento do contrato de construção de dois porta-helicópteros tipo Mistral participam o chefe do secretariado-geral da defesa e segurança nacional francês, Louis Gautier, e o vice-premiê russo Dmitry Rogozin.
"O contrato prevê uma indenização máxima de 250 milhões de euros no caso de recusa de fornecimento, mas a Rússia exige receber os 890 milhões que ela pagou, bem como 300 milhões como contrapartida pela modernização de helicópteros e os seus portos realizada pela empresa Kamov (modificação de helicópteros da série Ka-52 Alligator – ed.)". Estas despesas foram feitas expressamente contando com a entrega dos navios.
Segundo o jornal francês, a França quer pagar só 1 bilhão de euros nomeadamente porque será mais fácil justificar tal montante na mídia.
Ainda de acordo com Challenges, a Rússia exige que a França discuta com ela o candidato alternativo que poderia comprar os Mistrais, construídos por encomenda da Rússia, mas o lado francês só concordou em "realizar consultas" com os russos.
O contrato de fornecimento dos navios tipo Mistral foi assinado em 2011 pela empresa francesa DCNS e a russa Rosoboronexport.
A França deveria ter entregue o primeiro navio, chamado Vladivostok, em novembro do ano passado, mas não cumpriu o compromisso alegando a escalada do conflito na Ucrânia. A Rússia espera que Paris forneça os navios ou devolva a quantia já paga.
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