Após o anúncio de Putin sobre a aquisição de 40 ICBMs, a OTAN reage e chama as
ação de "Desestabilizadora e perigosa"
Em entrevista coletiva em Bruxelas,o Secretário-Geral da OTAN, o norueguês Jens
Stoltenberg disse que essa retórica de Moscou explica o aumento da prontidão de parte das
forças da aliança ocidental para defender seus membros.
"Essa ameaça nuclear da Rússia é injustificada", disse.
"É desestabilizadora e perigosa. Isso é algo que nós estamos tratando, e também é uma das
razões pelas quais nós estamos agora aumentando a prontidão e preparação de nossas
forças", acrescentou.
O presidente russo, Vladimir Putin, afirmou mais cedo nesta terça que a Rússia vai
acrescentar mais de 40 novos mísseis balísticos intercontinentais (ICBM) a seu arsenal
nuclear este ano.
ICBMs têm um alcance mínimo de 5,5 mil quilômetros. Putin não deu detalhes de onde ou o
que seria instalado ou adicionado ao arsenal nuclear. O presidente russo disse
repetidamente que Moscou deve manter a sua capacidade de dissuasão nuclear contra o
que chama de
crescentes ameaças à segurança da Rússia e que o seu país se reserva o direito de
implantar tais armas na Crimeia . A tensão entre o Oriente e o Ocidente aumentou após a
intervenção russa nesse território, que foi anexada por Moscou no início de 2014 e a
continuação do apoio de Moscou para uma insurgência armada no leste da Ucrânia.
O aumento vem logo depois dos Estados Unidos anunciar que pesa enviar armas pesadas e
tanques para bases militares na Europa Oriental, um material que poderia ser usado por até
5.000 soldados norte-americanos. Seria uma implantação sem precedentes desde o fim da
Guerra Fria. O objetivo de Washington é o de reforçar as garantias de ex-países soviéticos
que suspeitam do expansionismo russo.
CORRIDA ARMAMENTISTA:
"A sensação é de que os nossos colegas dos países da OTAN estão nos empurrando para
uma corrida armamentista", disse ao mesmo fórum, o Vice-ministro da Defesa, Anatoly
Antonov, citado pela agência de notícias RIA.
Tais comentários ajudaram a espalhar o sentimento anti-ocidental pela Rússia e espalhar a
popularidade do presidente russo, mas também tem despertado medo na Europa,
especialmente nos países vizinhos da Federação Russa.
Putin disse que Moscou não está planejando lançar uma nova corrida armamentista, embora
o país está modernizando suas próprias forças armadas. O líder russo disse em seu discurso
que 70% dos equipamentos militares serão da mais alta qualidade e será renovada até 2020.
Mas a despesa militar pesada está pesando no orçamento do Estado, numa altura em que a
economia está caminhando para uma recessão por causa da queda dos preços do petróleo
e as sanções ocidentais. O Kremlin tem gastos militares como um motor da economia, mas
os críticos de Putin dizem que é excessivo e que vem à custa de necessidades sociais.
FONTES:
http://internacional.elpais.com/internacional/2015/06/16/actualidad/1434453914_311467.html
?id_externo_rsoc=TW_CM
http://noticias.terra.com.br/mundo/europa/chefe-da-otan-critica-ameacas-perigosas-da-
russia,95c67ecb0abee399d4f1e9834be4d4e4andyRCRD.html
http://www.reuters.com/article/2015/06/16/us-russia-nuclear-putin-
idUSKBN0OW17X20150616?utm_source=twitter
Sempre Guerra
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