Um caça Su-27 interceptou um RC-135 da USAF pela segunda vez e EUA protestam: “Eles não sabem realizar uma interceptação”.
Duas semanas atrás, um RC-135 da Força Aérea dos EUA foi interceptado por um caça russo Su-27 sobre o Mar Báltico. No entanto, o caça se aproximou do avião de reconhecimento de forma insegura, disse, anonimamente, um oficial dos Estados Unidos.
“A natureza da interceptação foi de modo bastante inseguro“, disse o oficial sem dar maiores detalhes do encontro. No entanto, não está claro no incidente de 30 de maio, entre o RC-135 e o jato russo Su-27, o porque do interceptador russo ter voado tão próximo da aeronave da USAF, se foi intencional ou foi falta de perícia do piloto.
“Nós não podemos dizer se foi intencional ou uma falta ou de formação ou experiência,” disse o oficial.
“Estamos voando com mais frequência e os russos estão voando com mais freqüência ainda”, disse o oficial, ressaltando que o aumento de voos por parte dos russos coincide com a recente agressão contra a Ucrânia.
A divulgação do incidente de 30 de maio forçou as autoridades americanas e russas a reunirem-se em Nápoles, Itália, para rever os termos do acordo de prevenção de incidentes e sobre o acordo de Alto Mar de 1972.
O oficial da Defesa disse que “a reunião foi para discutir os recentes encontros no ar e no mar, a fim de rever os princípios acordados.”
O fórum é para discutir formas de evitar incidentes ou colisões no mar e no ar de navios e aeronaves entre Estados Unidos e a Rússia.
Foi a primeira reunião do fórum desde novembro de 2013, quando foi realizada em São Petersburgo, Rússia.
Os EUA e a OTAN estão conduzindo o exercício em larga escala no Mar Báltico, chamado BALTOPS 15, como uma resposta ao assédio aéreo russo. Os exercícios são concebidos para demonstrar o apoio da OTAN para os Estados preocupados com a possibilidade da Rússia se expandir militarmente na região.
A Rússia ameaçou desestabilizar a região se a OTAN estacionar tropas no norte da Europa.
O RC-135 interceptado sobre os países bálticos ocorreu ao mesmo tempo que um Su-24 zumbia sobre o destróier USS Ross no Mar Negro, perto da ocupada Crimeia.
Um vídeo divulgado pela Marinha mostrou o jato russo fazendo passes em baixo nível sobre o Ross.
Relatos da imprensa russa, controlada pelo Estado, informaram que o navio de guerra foi forçado a sair do Mar Negro, porque ele estava agindo de forma agressiva, porém o vídeo desmente a imprensa russa, mostrando claramente que o navio continuou o seu percurso.
O encontro de 30 de maio entre o RC-135 e o Su-27 foi a segunda vez que os russos tentam coagir ou ameaçar os voos de reconhecimento dos EUA sobre o Mar Báltico.
Como parte dos esforços dos EUA para reforçar as forças militares dos aliados da OTAN nos estados bálticos da Letônia, Lituânia, Estônia, bem como na Polônia, o Pentágono aumentou a coleta de informações sobre o movimento das forças russas na região.
O enclave Báltico russo de Kaliningrado é um dos principais alvos da inteligência. Relatórios indicaram que Moscou moveu mísseis Iskander, de curto alcance e com capacidade nuclear, para Kaliningrado.
O RC-135 é uma versão militarizada e atualizado do Boeing 707 e usado em espionagem eletrônica e óptica.
Além das perigosas interceptações aéreas, bombardeiros de longo alcance russos, com capacidade nuclear, intensificaram os voos sobre a Europa e América do Norte.
FONTE: The Washington Free Beacon – Tradução e edição: CAVOK
IMAGENS meramente ilustrativas e não retratam o evento: fabforgottennobility;
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