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segunda-feira, 20 de julho de 2015

Apesar do namoro com a China, Namíbia ganha do Brasil ferramenta de controle do tráfego marítimo

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Em junho de 2014 uma divisão da Marinha chinesa visitou a base naval namibiana de Walvis Bay; a foto mostra o chefe de Operações Navais da Marinha da Namíbia, S. N. B. Nghipandwa (em uniforme de grande semelhança com o da Marinha do Brasil), entre o embaixador chinês em Whindoek, Xin Shunkang, e o comandante da força-tarefa chinesa, capitão Li Pengcheng
Uma representação da Marinha do Brasil (MB) formada pelo capitão-de-mar-e-guerra Luis Cesar Blanco, do Comando de Operações Navais, e pelo Analista de Sistemas Bruno Hansen, do Centro de Análises de Sistemas Navais (CASNAV), esteve na base naval de Walvis Bay, na Namibia, entre os dias 30 de junho e 3 de julho, para concluir a instalação do Sistema Long Range Identification and Tracking(LRIT) na força naval local.
O Centro de Dados Regional LRIT do Brasil (CDRL Brasil), desenvolvido pelo CASNAV, permanece na posição de único nessa categoria, e está habilitado pela Organização Marítima Internacional para integrar outras Marinhas ao sistema de monitoramento e identificação de navios a grandes distâncias, bem como rastrear, por meio de posições satélites, dez mil contatos simultaneamente.
O sistema permite a obtenção de um panorama de superfície do tráfego marítimo real que irá contribuir para as operações de patrulha naval e de socorro e salvamento. Será também importante ferramenta para a Marinha da Namíbia realizar o seu controle naval do tráfego marítimo.
China – O curioso é que o evento acontece meses depois de a imprensa namibiana ter descoberto os contatos secretos entre o governo de Windhoek e de Pequim para a instalação de uma base naval chinesa em Walvis Bay – evento que estava (ou está) previsto para acontecer ainda este ano.
Em junho do ano passado, uma força-tarefa da Marinha chinesa visitou Walvis Bay. A exemplo do que fazem os brasileiros, os chineses fornecem ajuda material e treinamento ao pessoal da Marinha da Namíbia.
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A tripulação da corveta “Caboclo”, da Marinha do Brasil, em manobras com o navio-patrulha costeiro namibiano Brendan Simbwaye

O estreitamento das relações entre Namíbia e China está perto de completar 20 anos.
A nação africana já abriga mais de 50.000 imigrantes chineses, e Pequim promete fortes investimentos na infraestrutura local. Para viabilizar o adensamento dessa ligação, Pequim exigiu, contudo, que os namibianos se afastassem do governo de Taiwan – no que foi prontamente atendido.
Por outro lado, os chineses têm forte interesse nas reservas de urânio da Namíbia.
A base chinesa justamente na cidade onde a MB possui a Missão de Assessoria Naval do Brasil (MAN-Namíbia), não deixa de ser um desestímulo ao persistente trabalho dos militares brasileiros, desde os anos de 1990, para consolidar sua presença na costa ocidental africana, mas o fato é que o quadro geopolítico não pode ser olhado apenas por esse ângulo.
A adesão da primeira força naval africana da África ao CDRL Brasil consolida a posição de destaque da Marinha brasileira na instalação e operação desse sistema para o acompanhamento de alvos marítimos, e, sobretudo, estende a capacidade de obtenção de informações e de vigilância da Marinha do Brasil no outro lado do Atlântico Sul.
Além disso, não é esperada uma convivência atritada entre brasileiros e chineses em Walvis Bay, uma vez que Brasil e China mantém boas relações diplomáticas e ainda são sócios no grupo dos BRICS.
Plano Brasil

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