Contagem regressiva para a Grécia deixar a Eurozona (Grexit) - Noticia Final

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quarta-feira, 8 de julho de 2015

Contagem regressiva para a Grécia deixar a Eurozona (Grexit)





















O referendum grego parecia ter dado um impulso em direção a algum acordo. Mas as potências que governam o Euro não concordaram. O Banco Central Europeu continua a não enviar fundos para os bancos gregos. Em alguns dias, estarão definitivamente quebrados e a saída da Grécia, da Eurozona, será inevitável. Isso parece ser o que querem os linha-dura em Berlim, que se reúnem em torno do psicopata-Ministro Schaeuble das Finanças.
O Primeiro-Ministro grego, Alexis Tsipras, deu jeito de obter apoio popular e de outros partidos políticos, para fazer uma proposta com concessões. Mas as promessas que Tsipras fez antes do referendum já caíram aos pedaços. Os bancos não reabriram, não há acordo à vista com os credores e, dada a rápida deterioração da economia real, a situação em breve já será imensamente mais difícil.
Tsipras terá de responder algumas perguntas:

  • Por que não pode apresentar uma proposta escrita em Bruxelas, hoje, como prometeu fazer?
  • Por que não previu que o Banco Central Europeu e as potências ocidentais por trás dele assaltariam os bancos gregos?
  • Por que seu governo não tinha qualquer plano pronto para sair do Euro?
  • Por que não havia nenhum cenário planejado que previsse a atual situação?
A imprensa-empresa e os políticos alemães demonizaram de tal modo os gregos, com a mais crua propaganda para induzir a negação cabal da realidade, que agora parece que a maioria da opinião pública alemã já está a favor da Grexit. E o mesmo está acontecendo em grande medida com a opinião pública de outros países do norte e do leste da Europa.




















Ninguém quer “dar mais dinheiro aos gregos” – embora até o momento ninguém tenha dado dinheiro algum aos cidadãos gregos. Tudo que foi dado, em garantias dos contribuintes, foi dado exclusivamente a bancos privados alemães e franceses.

As consequências de a Grécia deixar a Eurozona parecem estar fora do universo das questões discutíveis.
Apoiar agora algum alívio parcial da dívida, que nem seria sentido, distribuído ao longo de décadas, e daria à economia grega capacidade para sair da dívida, seria muito mais barato para os contribuintes europeus, que o não pagamento total de tudo que a Grécia deve, o que disparará o pagamento de centenas de bilhões de avais e garantias.
Se sair do Euro, o não pagamento de coisa alguma passa a ser, para a Grécia, o mais provável. Em situação de saída do Euro, a Grécia já não terá dívida alguma a pagar. E poderia voltar a tomar empréstimos, talvez da Rússia e de outras fontes, que ficariam felizes por poder ganhar algum dinheiro de empréstimos feitos a país praticamente livre de qualquer dívida.
Além dos resultados catastróficos de um programa de cinco anos de ARROCHO [não é austeridade; é ARROCHO], a carnificina será enorme, na Grécia, se agora vier a bancarrota e a saída do Euro sem qualquer planejamento. Mas o exemplo de outros casos de estados que foram à bancarrota mostra que a recuperação é quase sempre muito rápida; e que as possibilidades de longo prazo são muito mais favoráveis que a morte lenta que advém, fatalmente, de qualquer programa de ARROCHO [não é austeridade; é ARROCHO] continuado.

Redecatorphoto

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