A partir desta semana, os EUA já não têm base militar no Quirguistão.
Em uma cerimônia solene na segunda-feira, o presidente do Quirguistão, Almazbek Atambaev, fechou o mandato estadunidense no aeroporto de Manas, em Bishkek, capital quirguiz.
A partir de agora, a área outrora ocupada pela base norte-americana pertencerá ao batalhão especial da Guarda Nacional do Quirguistão. O batalhão já tem a bandeira de combate, que o presidente Atambaev entregou.
A decisão é unilateral e partiu do governo quirguiz uns dias depois que o defensor de direitos humanos Azimzhan Askarov fora condecorado, à revelia, com o prêmio do Departamento de Estado dos EUA.
Comandante da base militar Manas, John Millard (esquerda) passa a chave simbólica ao vice-ministro da Defesa do Quirguistão, Zamir Suerkulov
Em 2010, Askarov foi condenado à prisão perpétua por incitação ao ódio racial e homicídio.O Ministério das Relações Exteriores do Quirguistão tinha prevenido a parte norte-americana da iminência de cisão nas relações bilaterais caso Askarov fosse condecorado, porque isso seria visto como “uma ação premeditada, virada contra o fortalecimento da paz e compreensão interétnica”.
A cisão, no entanto, não é recente. É longa, já que poucos, no país, gostavam de ver a Força Aérea dos EUA pousar e decolar da sua capital. E isso acontecia há cerca de 15 anos, desde 2001, quando as autoridades locais arrendaram uma parte do aeroporto internacional aos EUA.
Então, a base servia para o estacionamento das forças do Pentágono e deslocamento de material bélico e soldados para o Afeganistão, no quadro da operação Liberdade Duradoura (Enduring Freedom).
Em 2008, começou o processo de fechamento da base, já que a guerra no Afeganistão tinha oficialmente terminado.
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