Submarino russo “Severodvinsk” (K-329), da classe Yasen
Órgãos da mídia americana voltada aos assuntos de Defesa vêm reportando o interesse do governo do Primeiro-Ministro indiano Narendra Modi em alugar um segundo submarino de propulsão nuclear à Rússia.
A Força de Submarinos da Marinha da Índia já opera o INS Chakra (S71) – um gigante russo de 12.700 toneladas, da classe Akula II –, cedido por Moscou, a título de empréstimo, até o ano de 2022, e está prestes a receber o primeiro dos dois submersíveis atômicos dotados de mísseis balísticos da classe Arihant (de 6.000 toneladas), construídos em seu próprio território.
O Arihant já cumpre provas de mar, e deve ser transferido ao setor operativo da Esquadra indiana no ano que vem; seu sucessor, INS Aridhaman, deve segui-lo em mais três anos.
O assunto desse segundo aluguel teria sido discutido, nos últimos dias, diretamente por Modi com o presidente Vladimir Putin, porque envolve um detalhe especialmente sensível: os indianos não querem mais um Akula II, e sim um moderníssimo submarino classe Yasen, de 8.600 toneladas.
Indisponibilidade – A Força de Submarinos da Marinha indiana está constituída, na atualidade, pelas seguintes unidades:
10 submarinos de ataque Kilo classe Sindhugosh;
4 submarinos costeiros tipo U-209 classe Shishumar, construídos na Índia;
1 submarino de propulsão nuclear Akula II classe INS Chakra; e
l submarino de propulsão nuclear classe INS Arihant
A maior parte dos submersíveis tipo Kilo foram modernizados, mas sua disponibilidade para atender a rotina estabelecida pelo comando da frota indiana seria ainda baixa – inferior a 40%…
Kilo indiano: disponibilidade desses navios está abaixo dos 40%
Os navios da classe Shishumar vêm apresentando desgaste importante.
Em 2005 o governo de Delhi contratou a construção, em seus estaleiros, de seis submarinos disel-elétricos de ataque da classe Scorpène, fornecidos pela empresa francesa DCNS, com opção para mais um lote de seis unidades.
Mas esse programa – chamado Projeto 75 – só conseguiu, até agora, aprontar um navio. Nos bastidores, os franceses a responsabilidade pelos atrasos, à incapacidade técnica dos estaleiros indianos.
Festa sem muito motivo: após oito anos, os indianos só conseguiram aprontar o primeiro dos seus seis Scorpènes…
Seja como for, no governo Modi a ideia de um segundo lote de Scorpènes já foi abandonada; o novo plano, já em execução, é providenciar a abertura de um amplo processo licitatório para escolher o modelo de submarino que será construído em território indiano na década de 2020.
Plano Brasil
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