Tejas Mk.1, com designador laser e os diversos cabides para armamento; na versão 2, a capacidade de carga externa será ampliada de 4 para 5 toneladas
O governo da Índia decidiu procurar ajuda privada estrangeira para fazer avançar o desenvolvimento da versão Mk.2 (Block II) do seu caça-bombardeiro leve HAL Tejas – última evolução do seu projeto da Aeronave de Combate Leve (mais conhecida pela sigla LCA, de Light Combat Aircraft).
A Agência de Desenvolvimento Aeronáutico (ADA) do Ministério da Defesa indiano da Índia (MoD) lida com o programa Tejas há mais de 30 anos, e não parece disposta a abandoná-lo. Em janeiro passado, a ADA liberou mais 542,4 milhões de dólares para a pesquisa do caça, que ainda é visto como uma solução barata – e compensadora do ponto de vista da aquisição de tecnologia aeronáutica –, em comparação com as ofertas bilionárias que o governo de Delhi vem recebendo de parte de fabricantes do caça Rafale e de aeronaves Sukhoi de superioridade aérea.
A ideia que prevalece no momento é estabelecer uma parceria público-privada capaz de atrair para o projeto Tejas um fabricante aeronáutico de reputação internacional.
A essa empresa estrangeira seria aberta a oportunidade de formar uma joint venture com a Hindustan Aeronautics Limited (HAL) – para reconfigurar o Tejas com a adoção de um potente motor turbofan americano General Electric F414-GE-INS6 – derivado do propulsor do F-18E/F Super Hornet.
Ignição, em bancada de testes, da turbina GE F-404, usada no Tejas Mk.1; na versão 2, esse motor será substituído por um GE F414
A versão Mk.1 do Tejas usa uma turbina GE 404-IN20, que mostrou-se aquém das exigências do projeto.
Os militares indianos gostariam de ver o Mk.2 voando em 2018, mas já admitem que a simples incorporação da nova turbina atrasará seu desenvolvimento em dois ou três anos.
Mudanças – O HAL Tejas Mk.2 terá 14,2m de comprimento – um metro a mais que a versão Mk.1 – por causa da adaptação de um novo nariz e da ampliação da seção da fuselagem que corresponde à cabine do piloto – aumentada em função de um aumento dos aviônicos, que incluirão um novo LRU (Line Replaceable Unit) e telas de 8×12 polegadas.
Parte dessa arquitetura eletrônica de voo será fornecida pela indústria bélica de Israel, mas o radar de controle de fogo será um AESA Uttam, que os próprios indianos desenvolveram mas nunca foi testado em situação de emprego real.
A área de asas do Mark.2 será expandida e o avião ficará 20 cm mais alto. A capacidade armazenagem externa (de armas e tanques de combustível) passará de 4 para 5 toneladas.
Mock up do radar AESA Uttam indiano exposto em uma mostra aeronáutica na Índia
Plano Brasil
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