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sábado, 4 de julho de 2015

Nem Kfir, nem JF-17; o futuro (imediato) dos pilotos argentinos é o Pampa remotorizado

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O futuro: sem a perspectiva de poderem contar com alguma aeronave mais moderna antes do fim do ano, os pilotos e mecânicos argentinos estão cada vez mais concentrados na operação e na manutenção dos Pampas II

Nem Kfir israelense, nem JF-17 sino-paquistanês, nem Mirage 2000 francês…

O jato militar que está assumindo um rol cada vez mais amplo de tarefas na aviação de caça argentina é o conhecido IA-63 Pampa II, subsônico, remotorizado com um propulsor de origem americana Honeywell TFE 731-40-2N – e, por causa disso, redenominado Pampa II-40.

A troca dos motores está sendo feita na Fábrica de Aviões Brigadeiro San Martín (FAdeA), da província de Córdoba. O serviço inclui a substituição de componentes estruturais da aeronave, feixes de cabos e caixas elétricas de fabricação da própria FAdeA.

Nesse momento o programa beneficia 12 aeronaves do Grupo 4 de Caça, pertencente à IV Brigada Aérea, da cidade de El Plumerillo, província de Mendoza.

Oito Pampas já receberam o novo motor. O último, de numeral 2008, entrou na FAdeA no dia 13 de abril e deixou a fábrica, repotencializado, no dia 19 de maio.

Dois outros aviões se encontram, nesse momento, na empresa de Córdoba, para serem alvo do mesmo trabalho, mas estes também passarão pela chamada “revisão de 1.200 horas”.

Alto Comissário – Ainda em maio o Estado-Maior da Força Aérea Argentina (FAA) cancelou, sem maiores explicações, a viagem já marcada de um grupo de seus pilotos de combate (aviadores com experiência nos jatos supersônicos Mirage e Dagger) para o Paquistão.

Naquele país da Ásia esses militares conheceriam de perto – e experimentariam – o caça-bombardeiro sino-paquistanês JF-17.

Depois da viagem da presidenta argentina Cristina Fernández de Kirchner a Pequim, na primeira semana de fevereiro, argentinos e chineses montaram um grupo de trabalho bilateral para examinar a possível importação dos caças JF-17 (no Paquistão conhecidos como FC-1) pela FAA.

Uma delegação do comando da aviação militar argentina e da direção da FAdeA chegou a viajar à China, em abril, para conhecer detalhes do programa do JF-17. A etapa seguinte seria permitir que os aviadores voassem o aparelho, mas isso precisaria ser feito no Paquistão, que possui cerca de 50 exemplares do modelo básico dessa aeronave.

A suspensão da viagem foi divulgada depois que circularam rumores de pressões diplomáticas exercidas pelo Alto Comissário britânico junto a autoridades paquistanesas, Philip Barton – diplomata que, no Foreign Office (Ministério do Exterior), em Londres, cuidou anteriormente de uma seção recentemente criada no serviço diplomático britânico, dedicada à defesa dos interesses do Reino Unido no Afeganistão e no Paquistão.

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Jato subsônico Pampa II em voo; notar a pintura de camuflagem em dois tons de cinza

Tiro – Diante dessas circunstâncias – e da aproximação do momento da aposentadoria dos jatos Mirage que equipam o Grupo 6 de Caça, de Tandil, previsto para dezembro próximo ou janeiro de 2016 – os pilotos de combate argentinos trabalham com a hipótese, cada vez mais real, de terem o seu futuro profissional vinculado aos modestos recursos tecnológicos dos jatos subsônicos Pampa.

Derivado do antigo modelo franco-alemão Alpha Jet (cujo projeto básico data da década de 1970), o Pampa é incapaz, por exemplo, de permitir o adequado treinamento dos pilotos em combates com mísseis aptos a atingir alvos além do horizonte.

Na segunda quinzena de junho, quatro Pampas II participaram da Instrução de Tiro e Bombardeio realizada no polígono da localidade cordobesa de La Cruz, para os alunos do Curso de Estandartização e Procedimento para Aviões de Combate (CEPAC) da Escola de Aviação Militar.

A instrução foi assistida por técnicos em manutenção de aeronaves da VI Brigada Aérea, da cidade de Tandil, que se encontram em processo de capacitação para serem declarados encarregados de manutenção do Pampa II.

Plano Brasil

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