John Helmer, um jornalista de investigação independente, especialista em assuntos financeiros russos em Moscou, adverte que os EUA e a Alemanha estão preparando um golpe de estado na Grécia para manter o país dentro da órbita da OTAN, e mantê-la como um ativo estratégico sob o vulnerável flanco sudoeste europeu da OTAN.
Segundo Helmer:
"Um golpe de estado em Atenas para salvar a Grécia da inimiga Rússia está sendo preparado pelos EUA e Alemanha, com o apoio dos não-contribuintes da Grécia, ou seja: os oligarcas gregos, proprietários armadores anglo-gregos das grandes empresas de navegação e da igreja ortodoxa grega".
Nuland, segundo informou o jornal The Guardian em 17 de março: "voou à capital em meio a crescentes preocupações por parte dos Estados Unidos quando a grande crise da dívida do euro começou a representar uma ameaça geopolítica. Ao permitir que a situação se descontrolasse, sem fornecer uma solução, a Grécia poderia terminar no âmbito da influência da Rússia. O flanco sudeste da OTAN se enfraqueceria incomensuravelmente no momento que se centrassem as preocupações de segurança global pelos fundamentalistas islâmicos do Oriente Médio".
Nuland e os EUA podem estar trabalhando em estreita colaboração com o exército grego para fomentar um golpe após a histórica votação do "Não" no recente referendo contra as exigências dos banqueiros.
Nuland é conhecida por seu papel da derrubada do governo democraticamente eleito da Ucrânia e agora parece que ela tenha sido atribuída na repetição da manobra na Grécia.
Helmer afirma que quando Nuland visitou Atenas para emitir um ultimato contra a ruptura do regime de sanções contra a Rússia, e quando os peritos anglo-americanos começaram a advertir que a marinha russa estava prestes a embarcar para Pireu, o objetivo do jogo se tornou claro.
A linha para a Operação Nemesis, era que a Grécia deveria ser salva, não de si mesma ou de seus credores, mas sim do inimigo em Moscou.
Além disso, foi informado que a Rússia está disposta a ajudar a Grécia em sua luta contra os banqueiros de Wall Street e de Bruxelas. Acredita-se que uma saída da Grécia da zona do euro, aproximaria o país da Rússia e aprofundaria as divisões da OTAN.
O primeiro ministro grego Alexis Tsipras disse em meados de junho que uma alienação com a Rússia é algo possível e deu a entender que a Grécia estava "pronta para ir em novo mares para alcançar novos portos seguros".
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, e o vice primeiro ministro Arkady Dvorkovich, declararam durante o Foro Econômico Internacional da Rússia em San Petersburgo, que considerariam a possibilidade de conceder empréstimos à Grécia se o país solicitasse.
Os militares gregos enviam uma mensagem
Na sexta-feira, uma série de oficiais militares gregos pediram publicamente um "sim".
"O general aposentado Fragkoulis Fragkos, ex-ministro de defesa e chefe de estado maior do exército grego, pediu um "alto sim no domingo". Em 2011, Fragkos foi destituído pelo então primeiro ministro, George Papandreou, em meio a rumores de um golpe de estado", escreve Alex Lantier.
Referindo-se claramente a Tsipras, Fragkos afirmou que "os valores morais e princípios que sempre foram definidos aos gregos, não são objeto de negociação com qualquer político desinformado e historicamente ignorante que pense somente em seu próprio interesse partidista".
Um grupo de 65 oficiais aposentados de alta patente, também imitiram um comunicado citando seu "juramento à Pátria e à Bandeira" e advertiram que "Ao escolher o isolamento, colocamos a Pátria e seu futuro em perigo".
O exército grego é uma ativa Operação Gladio
A intervenção dos Estados Unidos na Grécia não é nada nova.
Entre 1987 e 1989, os EUA fizeram um esforço conjunto para derrubar o governo grego eleito do primeiro ministro Andreas Papandreou.
Antes disto, em 1967, o exército grego instalou o regime dos coronéis após um golpe de estado.
O exército grego estava sob o controle da CIA após a entrada da Grécia na OTAN em 1952. Os elementos do exército grego formavam parte das redes da CIA sob a Operação Gladio e estes elementos participaram diretamente do golpe de 1967.
FONTES:
CONTRA A NOVA ORDEM MUNDIAL
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