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quarta-feira, 8 de julho de 2015

Rússia anuncia testes no rumo do submarino virtualmente indetectável pelos sonares

Ladas1Submarino do Projeto 677 docado; a grande dúvida dos pesquisadores do Krylov é se o material composto anti-sonar pode revestir completamente o casco do submersível ou constituir a matéria-prima de só alguns dos seus elementos estruturais

Submarinos de ataque russos virtualmente indetectáveis… Será isso possível?

O Centro de Pesquisa Estatal Krylov, de São Petersburgo, na Rússia, anunciou, nesta primeira semana de julho, ter desenvolvido tecnologias inovadoras capazes de diminuir, significativamente, a capacidade dos sonares de detectar submarinos submersos.

De acordo com Valeriy Shaposhnikov, chefe da unidade de construção e resistência de cascos navais do Krylov, a redução da “assinatura” acústica dos submersíveis se deve à introdução de revestimentos metálicos elaborados com materiais compostos multicamadas, cuja estrutura e consistência permitem absorver – sugar – as ondas emitidas pelos sonares.

Isso impede que, no meio subaquático, as tais emissões sejam, simplesmente, rebatidas, de forma denunciadora e indesejada (pelos submarinistas), por meio das propriedades explicadas pela hidroacústica (acústica submarina).

“Esse efeito é fornecido pela estrutura interna extramente complexa do composto desenvolvido pelo Krylov”, explicou Shaposhnikov.

Teses sobre materiais que “chupam” ondas acústicas, em vez de refletí-las, não são, exatamente, uma novidade. Elas vem sendo perseguidas desde, pelo menos, a década de 1970, por laboratórios associados a empresas que constroem submarinos na Alemanha, nos Estados Unidos, na França e na Inglaterra. Mas agora o Krylov (que tem esse nome em homenagem ao projetista naval e matemático Aleksey Krylov, falecido em 1945) anuncia que está na frente. Suas novas tecnologias já estão em fase de testes.

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Desenho do Projeto 677, onde se destacam estruturas menores, como aletas estabilizadoras e lemes

Projeto 677 – Inicialmente os pesquisadores russos depositavam blocos de um casco revestido com os materiais compostos no fundo do mar, e embarcações dotadas de sonar tentam localizá-los a partir da superfície.

Mas até mesmo esse estágio de avaliações já sofreu uma evolução: segundo o engenheiro do Krylov, um submarino diesel-elétrico da classe Lada (Projeto 677) de 2.700 toneladas, já foi equipado com um leme feito com a tecnologia anti-sonar de materiais compostos.

Caberá, agora, aos escritórios de projetos navais russos, dizer se o material proposto pelo Krylov pode, ou não, ser usado com a densidade (espessura) que o casco de um grande submarino de ataque requer – ou se as novas tecnologias são aplicáveis, apenas, a algumas partes estruturais do submersível (o que também não deixaria de representar um avanço).

Plano Brasil

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