Concepção artística do A26 divulgada pelo grupo SAAB
Após um longo período de preparação ao anúncio de sua decisão, o governo do Primeiro-Ministro sueco Stefan Löfven notificou, nesta segunda-feira (1.07), o grupo empresarial SAAB, de que deseja, efetivamente, adquirir dois submarinos diesel-elétricos tipo A26, de 1.930 toneladas, por um montante ligeiramente superior a 820 milhões de Euros (2,8 bilhões de Reais).
O contrato que será firmado irá prever a entrega das embarcações em 2022 e em 2024.
Nessa mesma oportunidade os almirantes suecos encomendarão à SAAB o serviço de modernização de dois dos três submarinos classe Gotland da flotilha de submersíveis da Marinha local – um programa que custará cerca de 230 milhões de Euros (794,5 milhões de Reais). O primeiro navio remodelado dessa forma deverá estar pronto em 2018, e o segundo em 2019.
Os dois A26 serão equipados com AIP (propulsão independente do ar) tipo Stirling e, recorrendo a esse sistema, poderão permanecer até 18 dias submersos.
Eles vão substituir os submarinos costeiros tipo Södermanland – o Södermanland e o Östergötland –, de 1.500 toneladas, construídos no fim da década de 1980 e submetidos a ampla reforma na metade inicial dos anos de 2000.
O submarino sueco “Gotland”, na base naval americana de San Diego
Torpedo – Uma das principais características do projeto A26, é a previsão de que o barco seja equipado com tubos lança-torpedos de diâmetros diferentes: um de 400 mm e outro de 533 mm – para os novos torpedos 62, de alta velocidade.
Movidos por uma mistura de álcool e peróxido de hidrogênio essa arma terá a possibilidade de realizar corridas, debaixo d’água, da ordem de 75 km/h.
É bom lembrar que, durante a gestão do almirante-de-esquadra Mauro César Rodrigues Pereira (1995-1998), a Marinha do Brasil participou, durante cerca de um ano, do programa sueco do torpedo 62. Mas abandonou o projeto devido a três motivos: (a) desconfiança quanto à segurança proporcionada pela mistura da propulsão, (b) problemas apresentados pelo torpedo em sua fase preliminar de ensaios, e (c) incapacidade de manter o aporte de recursos exigido pela arma em desenvolvimento.
Plano Brasil
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