Em audiência no Senado Federal, Tenente-Brigadeiro do Ar Nivaldo Luiz Rossato expôs expectativas dos projetos Gripen NG, KC-390 e PESE.
O projeto de desenvolvimento e aquisição de 36 caças Gripen NG para a Força Aérea Brasileira (FAB) poderá gerar cerca de 14.500 empregos diretos e indiretos no Brasil. A informação foi dada nesta quinta-feira (13/8) pelo Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Nivaldo Luiz Rossato, durante audiência pública realizada no Senado Federal pela Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional.
O Comandante da Aeronáutica apresentou o cronograma de entrega de aeronaves, entre 2019 e 2024, e a participação de brasileiros no projeto. Segundo ele, 357 profissionais vão trabalhar na Suécia, e dos 36 jatos, oito serão construídos por eles no exterior e outros 15 no Brasil. O Tenente-Brigadeiro Rossato lembrou ainda que as empresas estrangeiras participantes do projeto vão trazer aproximadamente 9,1 bilhões de dólares para o Brasil em compensações de natureza industrial, tecnológica ou comercial.
“Investir nos projetos estratégicos significa investir em empregos, conhecimento, geração de renda, tecnologia”, disse o Senador Tasso Jereissati. Já o Senador Ricardo Ferraço ressaltou que para aproveitar todo o potencial econômico dos projetos, é necessário não haver atrasos. “Nós não estamos sozinhos na fronteira tecnológica”, afirmou.
Sobre o projeto do KC-390, futuro avião de transporte da FAB, o Tenente-Brigadeiro Rossato disse haver estimativa de o Brasil exportar a aeronave. O protótipo voou em fevereiro deste ano e 28 unidades estão encomendadas para a FAB. “Ele é importantíssimo para nós, tanto para a integração nacional quanto no aspecto militar”, explicou. O modelo deverá permanecer em produção pelo menos até 2029, com geração de aproximadamente 15 mil empregos ao longo do seu ciclo de desenvolvimento e produção.
Investimento espacial
Outro ponto abordado durante a audiência pública foi o Programa Estratégico de Sistemas Espaciais (PESE). O mercado que o Brasil pode alcançar nesse setor, segundo o Comandante da Aeronáutica, é de R$ 41 bilhões. Além de lançamentos de foguetes brasileiros e do uso dos dois centros de lançamento localizados no Rio Grande do Norte e no Maranhão, o valor viria do uso de satélites, hoje, um valor que o Brasil paga a outros países por serviços como comunicação e monitoramento de áreas. “Nós da Força Aérea gastamos com satélites para o SISCEAB”, disse o Tenente-Brigadeiro, em referência ao Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro.
No próximo ano, haverá o lançamento do Satélite Geoestacionário Brasileiro de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC), que será controlado no Brasil a partir de um centro de operações em criação pela Aeronáutica em Brasília. Contudo, o satélite é francês e será lançado a partir da Guiana Francesa. Já o PESE prevê o lançamento de várias unidades com tecnologia nacional.
Veja, no vídeo abaixo, como foi a audiência pública:
FONTE: Força Aérea Brasileira – EDIÇÃO: Cavok
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