O comandante do exército ucraniano, Aleksandr Turchinov, considerou a possibilidade de eliminar o líder de uma das repúblicas independentistas do leste do país em um vídeo divulgado este domingo (30).
O chefe do Conselho da Ucrânia para a Segurança Nacional e Defesa (SNBO), Aleksandr Turchinov, durante uma conversa com soldados das forças especiais, perguntou se eles podiam trazer-lhe o líder da República Popular de Donetsk, Aleksandr Zakharchenko, num saco (ou seja, morto).
No vídeo, Turchinov pergunta: "Será que, se for preciso, me trariam Zakharchenko em um saco?" e um soldado respondeu: "Sem problemas! É só dá-nos a ordem!"
“Convido Turchinov a tentar. Eu mesmo prometo que pego nas muletas para tornar a tarefa mais fácil para ele, mas mesmo assim duvido que consiga”, disse em resposta Zakharchenko.
O líder da RPD também recordou os militares de Kiev que viu no povoado de Debaltsevo, junto à rodovia M04 que liga as cidades de Donetsk e Lugansk:
“Eu vi várias vezes as forças especiais do exército da Ucrânia em Debaltsevo – oito prisioneiros. Aconteceu que fomos nós quem os meteu em sacos.”
A Ucrânia realiza desde meados de abril de 2013 uma operação militar contra as forças independentistas no leste do país que não reconhecem a legitimidade das novas autoridades ucranianas que chegaram ao poder após um golpe de Estado em Kiev.
No fevereiro o “quarteto da Normandia” (Alemanha, Rússia, França e Ucrânia) assinaram os Acordos de Minsk, segundo os quais os lados devem cessar o fogo e realizar uma reforma constitucional destinada a proteger os direitos e liberdades das regiões orientais da Ucrânia.
Apesar dos acordos, ambos os lados do conflito relatam constantes violações da trégua e ultimamente apareceram muitas informações de escalada de tensões na região de Donbass.
Enquanto os independentistas já cumpriram uma parte de acordo sobre a retirada de tropas, Kiev tem declarado que não pretende fazer o mesmo. Mais do que isso, têm surgido dados sobre a escalada do conflito.
Na semana passada (20) o presidente da Ucrânia, Pyotr Poroshenko, declarou que Kiev usou os acordos de Minsk para aumentar a sua capacidade de defesa.
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