Em uma entrevista exclusiva à Sputnik desta sexta-feira, Kemal Kerkuki, comandante do peshmerga, forças de autodefesa dos curdos iraquianos, baseadas em Kirkuk, comentou o estado atual da operação militar contra o Estado Islâmico no norte do Iraque.
Segundo o comandante Kerkuki, as milícias curdas conseguiram fazer um avanço importante, não só em termos de combate contra os terroristas, senão também de cooperação com a coalizão internacional.
“Na noite passada, as forças da coalizão e o peshmerga começaram uma operação conjunta contra o Estado Islâmico. Foram realizados vários bombardeios das posições dos militantes do Estado Islâmico. De manhã, os destacamentos do peshmerga começaram uma ofensiva contra as posições do Estado Islâmico. Os jihadistas não puderam se opor à ofensiva e tiveram que abandonar as suas posições e fugir. Vários deles foram mortos, muitos foram feridos. O distrito é controlado atualmente pelas forças do peshmerga”, conta o comandante.
A coalizão internacional, liderada pelos EUA, hesita em aceitar os curdos como aliados, especialmente recentemente, quando a Turquia juntou-se formalmente à luta antiterrorista. O governo atual do presidente turco Recep Tayyip Erdogan considera os curdos como a sua ameaça principal, tendo afirmado várias vezes que iria combatê-los até o fim.
A minoria curda está presente no Iraque, Síria e Turquia, onde há o Partido dos Trabalhadores Curdos, uma organização armada que tem perpetrado atos terroristas contra o governo de Ancara. Mas outra parcela dos curdos é pacífica e almeja pôr fim à atividade do Estado Islâmico, organização terrorista proibida na Rússia e em outros vários países.
Continuando a sua entrevista, o comandante Kemal Kerkuki disse que não só quer libertar Kirkuk dos terroristas do Estado Islâmico, senão também outras cidades do território do Curdistão iraquiano:
“Nós tencionamos expulsar o Estado Islâmico de todo o Curdistão, e não só de Kirkuk. Nós não permitiremos aos jihadistas se fortalecerem aqui. A coisa mais lógica que eles podem fazer agora é abandonar voluntariamente estes territórios. Caso contrário, iremos eliminar cada um deles”.
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