A Força Aérea Argentina realizou uma cerimônia formal de despedida para sua frota de caças Mirage no dia 13 de agosto. No mesmo dia, a FAA (Fuerza Aerea Argentina) comemorou o seu 103º aniversário.
A Força Aérea Argentina formalmente disse adeus aos restantes e poucos caças Mirage franceses. Muitos são sobreviventes da guerra de 1982 pelas ilhas Falklands/Malvinas. Dentro de três meses eles serão retirados de serviço depois de quatro décadas.
“Dizer adeus ao Mirage é nostálgico, porque é uma aeronave emblemática com um desempenho glorioso, com mais de 40 anos de vigor e mais de 130.000 horas de voo“, disse o Brigadeiro-General Miguel Callejos durante o 103º aniversário da Força Aérea Argentina.
Apesar de ter estendido o tempo de vida poupando as horas restantes, os Mirages apresentam repetidos problemas com os aviônicos, já a muito obsoletos e que só permitem o voo diurno, com os pilotos mantendo contato visual.
A atual administração da presidente Cristina se encerrará em dezembro, deixando a expectativas de uma possível compra de substituição em aberto. Depois de várias tentativas, divulgadas pela mídia da compra de aviões de combate da Espanha, Israel, França, Brasil, e, finalmente, da China, nada se concretizou, sendo que algumas informações veiculadas beiravam a falta de bom senso.
Enquanto isso os pilotos argentinos terão de treinar com os Pampas, aeronaves projetadas e construídas localmente.
“Nosso querido Mirage deixará de voar no final de novembro, e estamos à espera de um novo sistema desse nível de qualidade e com a nova tecnologia para substituí-lo“, disse o chefe da Força Aérea e veterano da guerra das Falklands/Malvinas, general de brigada Miguel Callejos.
“A decisão política de comprar aeronaves para substituírem o Mirage é um fato, o problema é quando, e quais as aeronaves escolher“, de acordo com fontes políticas mencionadas na mídia de Buenos Aires. Mas todos especulam que o principal obstáculo continua a ser a crônica falta de dinheiro.
Se não tem caças, tem avião de transporte. A FAA vai receber cinco Hércules C-130 dos EUA por meio do acordo FMS. Estas são aeronaves reformadas, num negócio no valor de US$ 70 milhões.
FONTE/IMAGENS: Merco Press – Tradução e edição: CAVOK
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