O presidente russo, Vladimir Putin, declarou que ainda existe a ameaça de a situação na Crimeia poder ser desestabilizada por parte de forças do exterior e que esta ameaça deve ser considerada.
Durante o discurso na reunião sobre segurança de Crimeia, Putin declarou que estão sendo treinados agentes diversionistas para a realização de sabotagens.
“É óbvio que se mantém a ameaça, por parte de forças exteriores, de desestabilizar de uma ou de outra forma a situação na península – pode ser jogar a cartada nacionalista ou, aproveitando certos erros e falhas, ações ineficazes do governo, dirigir a preocupação justa dos cidadãos para a via destrutiva.”
Segundo o presidente russo, em algumas capitais são ouvidos “apelos à necessidade de realizar ações de sabotagem, são criadas estruturas para esse efeito, são recrutados agentes para realização de ações de sabotagem e propaganda radical”.
Putin sublinhou que o objetivo de tal atividade é claro: "Desestabilizar a situação, impedir a vida normal das pessoas e o desenvolvimento socioeconômico da região."
O presidente também disse que a ameaça deve ser considerada por ambos os governos – o federal e o local, que devem reagir adequadamente. Enquanto isso, o presidente pediu para não exagerar a situação e não aumentar as tensões, mas só para as pessoas estarem preparadas a reagir rapidamente.
A Crimeia e a cidade de Sevastopol adotaram declarações de independência em 11 de março de 2014. Cinco dias depois, realizaram um referendo no qual 96,77% dos habitantes da Crimeia e 95,6% dos eleitores de Sevastopol escolheram se separar da Ucrânia e se juntar à Rússia. O presidente russo, Vladimir Putin, assinou os acordos de reunificação em 18 de março do mesmo ano.
O ministério das Relações Exteriores da Rússia declarou em diversas ocasiões que os habitantes da Crimeia escolheram o seu destino através de um pleito democrático realizado em conformidade com todas as normas do direito internacional e a Carta das Nações Unidas.
Enquanto isso, o governo da Ucrânia, que chegou ao poder no resultado dos acontecimentos, que a Rússia considera de golpe de Estado, nega reconhecer a península de Crimeia como parte da Rússia.
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