Os premiês ucraniano e eslovaco, bem como o presidente polonês criticaram duramente os seus parceiros da União Europeia por causa do acordo com a Rússia sobre o planejado gasoduto Nord Stream-2 (Corrente do Norte-2), comunica a agência de notícias Bloomberg.
O gigante energético russo Gazprom assinou o acordo de acionistas sobre o gasoduto Nord Stream-2 durante o Fórum Econômico do Oriente, em 4 de setembro. O projeto será o primeiro passo para contornar a Ucrânia (no que toca ao trânsito de gás) depois do cancelamento da construção do gasoduto South Stream [Corrente do Sul] em dezembro de 2014.
“Os países de Leste que estão em risco de perder biliões de dólares de tarifas de trânsito do gás deram uma ‘ensaboadela’ à Europa Ocidental pelo acordo com a Rússia sobre a construção do gasoduto contornando a Ucrânia”, notou a edição.
EM particular, no decorrer no encontro do primeiro-ministro da Ucrânia com o seu homôlogo eslovaco Robert Fico, Arseni Yatsnyuk afirmou que os líderes e companhias ocidentais “traem” os seus vizinhos de Leste.
“Eles nos tratam como idiotas. Não é possível falar durante meses de estabilização da situação e depois tomar uma decisão que põe a Ucrânia e Eslováquia em uma posição nada invejável”, adicionou o político eslovaco.
Por sua vez, Arseni Yatsenyuk chamou o projeto “antiucraniano” e “antieuropeu”, acrescentando que Kiev perderá dois biliões de dólares.
Além disso, presidente polonês Andrzej Duda disse que o Nord Stream-2 “ “despreza completamente” os interesses da Polônia e prejudica a unidade europeia face à chamada “agressão” russa na Ucrânia.
Assim, parece que os parceiros ocidentais estão inclinados a se esquecer da “solidariedade” europeia que eles mesmos costumam proclamar. Quando há o perigo de perder grandes somas em dinheiro, cada um que se desenrasque.
Segundo a Bloomberg, o Nord Stream-2 começará a fornecer gás à Europa em 2019 quando o prazo do trânsito do gás através da Ucrânia acabar.
No início de julho, o presidente ucraniano, Pyotr Poroshenko, expressou confiança na extensão do contrato de entregas de gás entre Rússia e Ucrânia. Poroshenko acreditava que não havia alternativa à rota ucraniana.
No fim de junho, o líder da gigante energética russa Gazprom, Alexey Miller, avisou que a empresa não tinha intenção de renovar seu contrato com a Ucrânia após 2019 se a Ucrânia oferecesse termos pouco favoráveis para a companhia.
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