(16-09-2015) Sob o título de “Não se deixe enganar pelo Capitalismo Inclusivo, continua sendo um desastre!”, a colunista Cynthia McKinney analisa a origem e a composição desta recente fundada coalizão e conclui que está sendo defendida pelos mesmos indivíduos responsáveis pelo “Capitalismo Excludente’.
O que é o Capitalismo Inclusivo?
Segundo o site da “Coalizão para o Capitalismo Inclusivo”, se trata de “um esforço global para restaurar o capitalismo como motor da prosperidade amplamente compartilhada”, cada empresa deve ser um cidadão da sociedade na que opera. “Isto assegura um crescimento a longo prazo e a saúde da empresa. Inclusive escrevem que os ‘capitalistas inclusivos’ não tentarão se aproveitar dos serviços que outros pagaram”, escreve a colunista Cynthia McKinney no RT.
A coalizão foi fundada em 2014 por Lynn Forester de Rothschild. “A seu lado nesta nobre tarefa está um grupo de trabalho composto por celebridades da justiça social como Evelyn de Rothschild da E.L. Rothschild, Dominic Barton da McKinsey and Company, Ann Cairns daMasterCard, Sherard Cowper-Coles do HSBC e Paul Polman da Unilever, junto a diretores gerais de distintos planos de pensões e fundações filantrópicas, como as conhecidas fundaçõesFord e Rockefeller“, explica McKinney.
“Enquanto escrevo isto, penso nos campos de escravos do leste da República Democrática do Congo (RDC), que estão extraindo o coltan para que a Microsoft e outras possam ter um montante do mesmo para seus consoles Xbox, Play Stations, iPhones e portáteis e computadores de escritório“, planteia McKinney.
“Serão as famílias das sete milhões de pessoas que foram assassinadas neste comércio de sangue reconhecidas e compensadas agora neste selvagem oeste capitalista? A estafa da RDC não sucederá no futuro porque os talos do capitalismo estão pedindo agora Capitalismo Inclusivo?”, se pergunta em seguida.
Posteriormente, McKinney coloca em dúvida o papel limpo e transparente neste projeto do HSBC,“o banco que ajudou a seus clientes ricos do Uber a evitar pagar sua parte justa de impostos“, entre outros organismos que o integram.
“Compreendendo os males do capitalismo, desde alimentar o tratado escravista Transatlântico e o genocídio de povos indígenas até o racismo virulento de hoje que alguns estudiosos estão tratando de negar ao declarar que não há tal coisa como a raça, devemos nos preguntar: “O que está acontecendo no mundo quando o Capitalismo Inclusivo está sendo defendido pelos mesmos indivíduos capitalistas que nos trouxeram o Capitalismo Excludente?“, indaga.
Então, por que está funcionando?
“Uma possível explicação que faz com que a noção de Capitalismo Inclusivo esteja tão a ordem do dia poderia ser uma massa crítica de gente que está ciente dos magnatas ladrões e os Governos comprados por eles; estes Governos ‘democráticos’ se especializam em representar aos magnatas ladrões e não as pessoas que os elege“, afirma a colunista.
Mesmo assim, McKinney se pergunta se chegou o momento em que há suficientes pessoas entre as massas “que sejam conscientes e se neguem a cair no velho truque de divida e vencerás” e que “não estejam dispostas a ser manipuladas ou a permanecer abertas a uma invasão cultural que lhes relegue a uma cidadania empobrecida e de segunda classe“.
“Pode ser que agora cada vez mais pessoas reconheçam que aquele capitalismo acompanhado de genocídio, escravidão e racismo virulento não é a resposta para o avanço humano e ecológico? Depois de tudo, o capitalismo foi inventado por uns europeus e logo imposto ao resto da humanidade”, diz a colunista.
Em relação as reuniões anuais que mantêm as pessoas que pertencem a esta coalizão, a colunista afirma que o fazem porque “são conscientes de sua debilidade”. “São eles os que introduziram o desastroso capitalismo no mundo; sabem que uma revolução na forma na forma que as massas pensam e se comportam poderia derrocá-los. Agora é o momento de queexijamos uma mudança sistêmica: ou seja, uma mudança profunda, transformacional e de segunda ordem”, sentencia.
Fonte: RT
Caminho Alternativo
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