Bush e Blair acordaram invadir o Iraque em 2002, um ano antes do começo da guerra

(18-10-2015) O ex-presidente dos EUA, George W. Bush e o ex-premier britânico, Tony Blair, acordaram invadir o Iraque em 2002, um ano antes do começo da invasão a este país, revelam documentos secretos.

Um memorando da Casa Branca redigido pelo ex-secretário de Estado dos Estados Unidos, Colin Powell, desclassificado recentemente revela que Blair e Bush tinham acordado em março de 2002 invadir o Iraque, quase um ano antes de que começasse a invasão estadunidense ao país.

Quase cinco meses após este fato o Governo britânico publicou o informe titulado “45 minutos para o final”, suposto artigo de inteligência que assegurava que Iraque tinha em seu poder armas de destruição em massa, o que depois serviu para justificar a invasão e resultou ser falso em 2004.

No memorando, Powell lhe assegura ao ex-presidente estadunidense que Blair apoia uma medida militar e declara que “o Reino Unido seguirá nossos passos” seja qual for a decisão dos EUA.

Dita revelação desmente as declarações públicas do ex-primeiro-ministro britânico que alegava estar em contra de uma campanha militar contra Iraque e afirmava apostar por uma solução política.

Também fica revelado que o ex-premier britânico usou espiões no Partido Laborista (PL) para manipular a opinião pública à favor de uma guerra contra o Iraque.

Em 2003, Washington iniciou uma sangrenta e devastadora invasão ao Iraque sob o pretexto de que em seu território havia armas de destruição em massa que tinham que ser destruídas e logo resultou que sequer existiam.

Cemitério iraquiano.

Depois de devastar grande parte do Iraque e causar a morte de mais de 500.000 iraquianosdurante o curso da mencionada invasão, as autoridades estadunidenses reconheceram que não existiam tais armas e que se tratava simplesmente de um craso “erro de Inteligência”.

Fonte: hispantv.com

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