O mundo, entre guerra e paz (parte I) - Noticia Final

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domingo, 25 de outubro de 2015

O mundo, entre guerra e paz (parte I)

22/10/2015, Presidente Vladimir Putin, Sochi, Rússia (vídeo e transcrição ing. aqui traduzida)Discurso à Plenária Final da 12ª reunião anual do Valdai International Discussion Club
Traduzido por Vila Vudu
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“Tentativas para promover um modelo de dominação unilateral, como já disse em inúmeras ocasiões, levaram a um desequilíbrio no sistema da lei internacional e da regulação global, o que significa que estamos sob ameaça, e uma disputa política, econômica e militar pode ficar fora de controle.”
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Colegas, senhoras e senhores,
Permitam-me saudá-los, em mais essa reunião regular do Valdai International Club.
É verdade que durante mais de dez anos, essa tem sido uma plataforma para discutir os problemas e questões mais prementes e considerar rumos e perspectivas para o desenvolvimento da Rússia e do mundo. Mudam os participantes, claro, mas, sobretudo, essa plataforma preserva seu núcleo, digamos assim – nos convertemos numa espécie de ambiente de mútua compreensão.

Agradeço a todos os políticos, especialistas, figuras públicas e jornalistas, russos e de outros países, por aceitarem participar dos trabalhos desse clube.

Esse ano, a discussão está focada em questões de guerra e paz. É assunto que claramente preocupa a humanidade ao longo de toda a história. Na antiguidade, as pessoas indagavam sobre a natureza, as causas dos conflitos, sobre o uso justo ou injusto da força, sobre se as guerras sempre acompanhariam o desenvolvimento das civilizações, apenas rompidas por cessar-fogos, ou se tempo viria quando os conflitos se arranjariam sem guerra.

Com certeza todos aqui pensaram em nosso grande Leo Tolstoy. Em seu monumental romance Guerra e Paz, Tolstoy escreveu que a guerra contradiz a racionalidade e a natureza humana; enquanto a paz é benigna para o povo.

É verdade, viver em paz sempre foi o ideal da humanidade. Estadistas, filósofos e juristas sempre apareceram com modelos para interação pacífica entre as nações. Várias coalizões e alianças declararam que seu objetivo seria garantir paz firme, ‘duradoura’ como costumavam dizer. Mas o problema sempre foi que com frequência recorriam a guerras como meio para resolver contradições acumuladas, e a própria guerra serviu como meio para estabelecer novas hierarquias pós-guerra no mundo.

E a paz, como política mundial, jamais foi estável e nunca se fixou por si só. Períodos de paz na história europeia e na história mundial foram sempre baseados em assegurar e manter um dado equilíbrio de forças existente. Aconteceu no século 17, quando da chamada Paz de Vestfália, que pôs fim à Guerra dos Trinta Anos. Depois, no século 19, no tempo do Congresso de Viena; e novamente 70 anos adiante, em Yalta, quando os que haviam derrotado o nazismo tomaram a decisão de criar a Organização das Nações Unidas, ONU, e fixaram os princípios das relações entre os estados.

Com a invenção das armas atômicas, tornou-se claro que nunca mais haveria vencedores em conflito global. Passou a só haver um único fim possível: a destruição mútua garantida. Aconteceu assim que, no esforço para criar armas cada vez mais destruidoras, a humanidade acabou por tornar sem sentido qualquer grande guerra.

Vale registrar que os líderes mundiais dos anos 1950s, 1960s e 1970s e até dos anos 1980s trataram o uso de forças armadas sempre como medida excepcional. Nesse sentido agiram com responsabilidade, ao sopesar todas as circunstâncias e possíveis consequências.

O fim da Guerra Fria pôs fim à oposição ideológica, mas permaneceram sem alteração os fundamentos de discussões e conflitos políticos. Todos os estados sempre tiveram e continuarão a ter seus próprios específicos interesses, e a história do mundo sempre veio acompanhada de competição entre nações e alianças de nações. Entendo que seja absolutamente natural.
A principal coisa que se tem de assegurar é que essa competição desenvolva-se no quadro normas e regras políticas, legais e morais estabelecidas e reconhecidas por todos. Sem isso, a competição e a disputa entre diferentes interesses podem levar a crises agudas e a explosões dramáticas.

Já vimos acontecer várias vezes no passado. Hoje, desafortunadamente, nos vemos outra vez em situações semelhantes. Tentativas para promover um modelo de dominação unilateral, como já disse em inúmeras ocasiões, levaram a um desequilíbrio no sistema da lei internacional e da regulação global, o que significa que estamos sob ameaça, e uma disputa política, econômica e militar pode ficar fora de controle.

O que pode significar essa competição incontrolada para, por exemplo, a segurança internacional? Número crescente de conflitos regionais, especialmente em áreas ‘de fronteira’, onde se encontram interesses das grandes nações. Também pode levar à provável queda de todo o sistema de não proliferação de armas de destruição em massa – risco que também considero muito perigoso –, e queda que, por sua vez, resultaria em nova espiral da corrida armamentista.
Já vimos surgir também o conceito do chamado “desarme do primeiro ataque”, inclusive de um tipo de desarme que se serve de armas não nucleares de alta precisão e longo alcance comparáveis, no efeito, a armas nucleares.

O uso, como pretexto, de uma ameaça de ataque nuclear que viria do Irã, como todos sabemos, já destruiu a base fundamental da segurança internacional moderna – o Tratado dos Mísseis Antibalísticos [ing. Anti-Ballistic Missile Treaty]. Os EUA se autoexcluíram unilateralmente do Tratado. Hoje, para registrar aqui, já resolvemos a questão iraniana e sabe-se que não há nenhum tipo de ameaça – como jamais houve – que viesse do Irã, como dissemos.

O que parecia ter levado nossos parceiros norte-americanos a construir um sistema de defesa antimísseis já não existe. Seria razoável esperar que o trabalho para desenvolver o sistema norte-americano de defesa antimísseis também chegasse ao fim. Mas o que se vê acontecer na realidade? Nada disso ou, na realidade, o oposto disso: tudo prossegue como antes.

Recentemente, os EUA realizaram o primeiro teste do sistema de defesa antimísseis na Europa.[1] O que significa isso? Significa que sempre tivemos razão no que dissemos aos nossos parceiros norte-americanos. Até agora, sempre tentaram, exclusivamente, nos enganar e enganar o mundo inteiro. Dito em termos bem claros: mentiram.

Nada teve qualquer coisa a ver, jamais, com alguma ameaça iraniana, que nunca existiu.
Tudo sempre teve a ver com tentar destruir o equilíbrio estratégico, alterar a favor deles o equilíbrio de forças não só para dominar, mas para ter oportunidade de impor o desejo deles ao resto do mundo: aos concorrentes estratégicos e também, é minha opinião, aos aliados deles mesmos. Esse é cenário extremamente perigoso, que agride todos os povos do mundo, inclusive, como vejo as coisas, agride também o povo dos EUA.

A contenção nuclear perdeu o valor. Alguns, talvez, tenham voltado a crer na fantasia de que a vitória de algum lado, num conflito mundial, voltaria a ser possível – e sem consequências irreversíveis, inaceitáveis, como dizem os especialistas, para o vencedor, se chegasse a haver vencedor.
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“Infelizmente, a terminologia militar está-se convertendo em parte da vida diária. Assim, guerras comerciais e sanções estão convertidas na única realidade global econômica – frase feita e único assunto que a imprensa-empresa vive de explorar. As próprias sanções, enquanto isso, já são usadas como instrumento injusto para sequestrar a livre concorrência, para pressionar concorrentes ou para, completamente, ‘jogar’ concorrentes para fora do mercado.”
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Ao longo dos últimos 25 anos, o limiar admitido para o uso da força foi sendo erodido a olhos vistos. A imunidade antiguerra que obtivemos depois das duas guerras mundiais, que se mantivera no plano psicológico, subconsciente, é cada dia mais frágil. Até a percepção do que é a guerra mudou: para o público mantido preso aos aparelhos de televisão, a guerra já não passa de filme ‘de ação’ e de entretenimento, como se ninguém morresse, como se ninguém sofresse, como se pessoas não fossem mutiladas, e cidades e países inteiros não fossem convertidos em ruínas.

Infelizmente, a terminologia militar está-se convertendo em parte da vida diária. Assim, guerras comerciais e sanções estão convertidas na única realidade global econômica – frase feita e único assunto que a imprensa-empresa vive de explorar. As próprias sanções, enquanto isso, já são usadas como instrumento injusto para sequestrar a livre concorrência, para pressionar concorrentes ou para, completamente, ‘jogar’ concorrentes para fora do mercado. Como exemplo, pode-se tomar a verdadeira epidemia de multas impostas a empresas comerciais, inclusive empresas europeias, pelos EUA.

Pretextos os mais inconsistentes servem para qualquer coisa, e os que se atrevam a violar as descabidas sanções unilaterais que os EUA impõem pelo mundo são severamente castigados.
Vocês sabem, pode nem ser assunto da Rússia, mas esse é um clube de discussão e, assim sendo, pergunto: E isso lá é modo de tratar aliados? Não é. Muitos tratam vassalos desse modo, vassalos que se atrevam a agir como considerem melhor: são castigados por se comportarem mal.

Ano passado, foi imposta a um banco francês multa que chegou a quase $9 bilhões – $8,9 bilhões, se lembro bem. A empresa Toyota pagou multa de $1,2 bilhão, e o banco alemão Commerzbank assinou acordo em que se compromete a pagar $1,7 bilhão aos cofres dos EUA, e há muitos exemplos.

Estamos assistindo também ao desenvolvimento do processo para construir blocos econômicos não transparentes, o que está sendo feito, de fato, por regras que se podem definir como de conspiração. O objetivo é evidente – reformatar a economia mundial de modo tal que passe a ser possível arrancar grandes lucros do próprio regime de dominação e disseminar essas regras como se fossem novo padrão econômico, comercial e tecnológico.

Criar blocos econômicos mediante termos impostos até aos atores mais fortes evidentemente não contribui para tornar o mundo mais seguro; apenas cria bombas-relógio, condições para futuros conflitos.

A Organização Mundial do Comércio existe. Claro, as discussões ali são demoradas, e a rodada de Doha terminou em impasse, mas temos, mesmo assim, de continuar a procurar por soluções e temos todos de fazer concessões, porque só muitas concessões de todas as partes podem levar à criação de sistema de relações de longo prazo em qualquer esfera, inclusive na esfera econômica. Enquanto isso, se descartamos as preocupações de alguns países – que participam na comunicação econômica, se fingirmos que seria possível descartá-los, nem por isso as contradições desaparecerão, não serão resolvidas, permanecerão. E isso significa que algum dia aparecerão à tona, à vista de todos.

Nossa abordagem, como os senhores sabem, é diferente. Ao criarmos a União Econômica Eurasiana [ing. Eurasian Economic Union] (UEE), tentamos desenvolver relações com nossos parceiros, inclusive relações dentro da iniciativa chinesa do Cinturão Econômico da Rota da Seda. Estamos trabalhando ativamente em termos de igualdade no grupo dos países BRICS, do Fórum Econômico do Atlântico e do Pacífico [ing. APEC] e do G20.

Pode-se dizer que o espaço da informação global também está agitado por guerras. Um único ponto de vista pressuposto “certo” e a única interpretação pressuposta “correta” são impostos agressivamente; vários fatos são ou ocultados ou recebem versão manipulada para divulgação. Todos conhecemos as táticas de rotulagem de ideias e pessoas, para construir uma imagem inimiga.

Autoridades em países que pareciam sempre se terem pautado por valores como liberdade de comunicação e liberdade de imprensa, e defensoras da livre circulação da informação – itens de que tanto se falava no passado – hoje tentam impedir a livre circulação de informação objetiva e de qualquer opinião que não seja a daquelas autoridades, naqueles países; declaram que seria propaganda hostil a ser combatida, e claramente servem-se de meios nada democráticos.

Infelizmente, ouvem-se as palavras “guerra” e “conflito” muito mais frequentemente que noções sobre relações entre povos de diferentes culturas, religiões e etnias. Hoje, centenas de milhares de migrantes tentam integrar-se em sociedade diferente, sem profissão e sem conhecer o idioma, as tradições e a cultura dos países para os quais se mudam. Simultaneamente, os residentes naqueles países – e temos de falar com absoluta clareza sobre isso, sem tentar polir as verdades mais feias –, os residentes mostram-se irados pela presença de grande número de estrangeiros, pelo aumento no número de crimes, pelos novos gastos impostos aos orçamentos nacionais pelo atendimento aos refugiados.

Claro que muita gente solidariza-se com os refugiados e gostaria de ajudá-los. O problema é como agir, sem infringir interesses dos residentes dos países para onde os refugiados estão em mudança. Ao mesmo tempo, choque massivo e incontrolado de diferentes estilos de vida pode levar, como já está levando, a nacionalismo e intolerância crescentes, ao surgimento de conflito permanente na sociedade.

Colegas, temos de ser realistas: o poder militar está e, claro, permanecerá por muito tempo como instrumento de política internacional. Bom ou mau, é um fato da vida. A questão é: será usado exclusivamente quando os demais instrumentos tenham-se esgotado? Quando tenhamos de resistir contra ameaças comuns, como, por exemplo, o terrorismo – e o poder militar seja usado conforme regras e normas postas do direito internacional.
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“É impossível combater o terrorismo, se alguns terroristas são usados como aríete para derrubar governos legítimos, mas que um ou outro não aprecia. Ninguém pode livrar-se de terroristas que tenham sido ‘alugados’. É ilusão supor que ‘depois’ será facílimo descartá-los, retirar deles algum poder que lhes tenha sido dado, ou conseguir com eles algum ‘acordo’ de paz ou de convivência. A prova disso é hoje a situação na Líbia.”
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Ou o poder militar será usado a qualquer pretexto, inclusive para ‘lembrar’ ao mundo quem seria ‘o patrão’, sem nenhuma consideração à legitimidade do uso da força em específicas circunstâncias e às consequências do uso da força em todos os casos, sem resolver problema algum, mas sempre, e só, levando os problemas a se multiplicarem.

É o que se vê acontecendo no Oriente Médio. Há décadas, talvez há séculos, conflitos interétnicos, religiosos e políticos e agudas questões sociais vêm-se acumulando na região. Numa palavra, foi-se formando enorme tempestade ali, ao mesmo tempo em que ‘reacomodações’ impostas pela força atuaram como o fósforo que levou à verdadeira gigantesca explosão, à destruição de estado, ao surgimento do terrorismo e afinal, como se vê hoje, a riscos globais sempre crescentes.

Uma organização terrorista, o chamado “Estado Islâmico” ocupou imensas porções de território. Considerem o seguinte: se as mesmas gangues terroristas tivessem ocupado Damasco ou Bagdá, as mesmas gangues terroristas teriam alcançado, na prática, status de poder oficial. Em pouco tempo teriam criado sua própria fortaleza e trincheira, para expansão global. Alguém está pensando nessa possibilidade? Na verdade, toda a comunidade internacional já deveria ter-se dado conta que estamos enfrentando – de fato, um inimigo da civilização, da cultura em todo o planeta, que traz consigo uma ideologia de ódio e barbarismo, que atropela valores morais e religiosos, inclusive e principalmente os valores do Islã, o que faz daquele inimigo universal inimigo sobretudo do próprio Islã.

Não preciso fazer jogos de palavras aqui: não é possível classificar terroristas em “moderados” e “não moderados”. Para começar, ninguém até hoje viu qualquer diferença. Talvez, pela avaliação de algum especialista, os militantes chamados “moderados” degolam gente em doses limitadas, ou com superior delicadeza.

A única verdade que se constata em campo é que há hoje grande mistura de grupos terroristas. É verdade que, vez ou outra, militantes do Estado Islâmico, Frente al-Nusra e outros descendentes e dissidentes da Al-Qaeda lutam entre eles. Mas só lutam por dinheiro, pelo controle de postos de abastecimento: quando lutam entre eles, nunca lutam por razões ideológicas, e a essência e os métodos de todos eles não mudam: terror, assassinato, para converter as pessoas em massa assustada, encolhida e obediente.

Nos últimos três anos, a situação vem-se deteriorando rapidamente, a infraestrutura dos terroristas vem aumentando, além dos números de aliciados, ao mesmo tempo em que as armas fornecidas à tal chamada “oposição moderada” acabam cada vez mais frequentemente nas mãos das organizações terroristas. Às vezes, bandos inteiros unem-se aos terroristas, marchando com bandeiras desfraldadas, como dizem.

Por que os esforços de, digamos, nossos parceiros norte-americanos e seus aliados na luta dos EUA contra o Estado Islâmico, não produziram nenhum resultado tangível? Obviamente, não por falta de equipamento militar ou potencial.

É claro que os EUA têm potencial imenso, o maior potencial militar do mundo, mas jogo duplo é sempre muito difícil. Como não é difícil de perceber, declaram guerra aos terroristas e, simultaneamente, tentam usar alguns terroristas para empurrar as peças sobre o tabuleiro do Oriente Médio na direção que lhes pareça, a eles mesmos, a mais interessante para eles.

É impossível combater o terrorismo, se alguns terroristas são usados como aríete para derrubar governos legítimos, mas que um ou outro não aprecia. Ninguém pode livrar-se de terroristas que tenham sido ‘alugados’. É ilusão supor que ‘depois’ será facílimo descartá-los, retirar deles algum poder que lhes tenha sido dado, ou conseguir com eles algum ‘acordo’ de paz ou de convivência. A prova disso é hoje a situação na Líbia.

Esperemos que o próximo governo consiga estabilizar a situação, embora nada disso esteja em vias de acontecer. Seja como for, temos de auxiliar na estabilização.

Compreendemos muito bem que os militantes que combatem armados no Oriente Médio são ameaça contra todos, inclusive contra a Rússia. Muitos em nosso país sabem o que significa ser agredido por terroristas e sabem o que fizeram os bandidos no Norte do Cáucaso. Todos relembramos os sangrentos ataques terroristas em Budennovsk, Moscou, Beslan, Volgograd e outras cidades russas.
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“Não tenho dúvidas de que a ação dos soldados russos gerará efeito positivo sobre aquela situação e ajudará as autoridades sírias a criar as condições para outras ações, na sequência, que levarão a uma solução política; e poderão prover ataques preventivos contra terroristas que ameacem nosso país, a Rússia. Assim, ajudamos todas as nações e povos que estarão em indiscutível perigo se esses terroristas voltarem para seus países de origem.”
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A Rússia sempre combateu contra o terrorismo em todas as suas formas, e consistentemente recomendamos que se construísse força global realmente unificada para combater esse mal. Por isso encaminhamos nossa sugestão de que se crie uma ampla coalizão antiterror, como disse em meu discurso à Assembleia Geral da ONU.

Depois que autoridades sírias nos procuraram oficialmente para pedir apoio, tomamos a decisão de lançar operação militar russa naquele país. Já disse e repito: é ação absolutamente legítima e seu único objetivo é restaurar a paz.

Não tenho dúvidas de que a ação dos soldados russos gerará efeito positivo sobre aquela situação e ajudará as autoridades sírias a criar as condições necessárias para outras ações, na sequência, que levarão a uma solução política; e poderão prover ataques preventivos contra terroristas que ameacem nosso país, a Rússia. Assim, ajudamos todas as nações e povos que estarão em indiscutível perigo se esses terroristas voltarem para seus países de origem. [Continua]


[1] Sobre isso, ver 21/10/2015, “US Navy has tested its anti-missile defense system in Europe”, Sputnik Newshttp://sputniknews.com/military/20151021/1028846504/us-anti-missile-europe.html [NTs]

Oriente Mídia

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