Fuzileiros navais franceses em patrulhamento no porto de Toulon
A presidente do Comitê de Defesa da Assembleia Nacional francesa, deputada socialista Patricia Adam, de 62 anos, informou, na manhã deste sábado (14.11), que, após os ataques terroristas de Paris, na noite desta sexta-feira (13.11) todas as bases militares francesas estão agora “em alerta de guerra”.
Adam resumiu a situação de momento em seu país com apenas uma frase: “estamos em uma guerra assimétrica”.
Conhecida pela defesa que faz, habitualmente, de uma política intervencionista para as Forças Armadas de seu país (ela esteve a favor de uma incursão militar francesa na Ucrânia e do desembarque de tropas no Máli), a parlamentar vem argumentando que os militares franceses devem apoiar o governo do Iraque e os curdos em seus ataques ao Estado Islâmico.
Deputada Patricia Adam na Base Naval de Brest
Cães – A Marinha da França convocou um efetivo de 500 fuzileiros navais e elementos da Gendarmerie Maritime, além de 250 cães farejadores, para uma operação de bloqueio dos acessos terrestres e rotas pelo mar às áreas militares dos portos de Toulon e de Brest.
Equipes de fuzileiros navais equipados com metralhadoras, óculos de visão noturna e faroletes policiam as zonas marítimas próximas às bases de Toulon e Brest, a bordo de botes de borracha semi-rígidos, dotados de motores de alta velocidade.
Em Toulon essas equipes se reportam, em tempo real, a um centro de controle instalado dentro da base. Tais medidas são compreensíveis.
Toulon abriga 70% da frota francesa e assiste, frequentemente, a entrada e saída de submarinos nucleares.
Unidades navais da Gendarmeria Marítima francesa
A Escola de Fuzileiros Navais de Lorient também foi mobilizada para ceder militares à operação especial de vigilância.
Prisão – No dia 29 de outubro, agentes da Diretoria-Geral de Segurança Interna (DGSI) prenderam um jovem nascido em Toulon – Hakim M. –, de 25 anos, tido como jihadista, que tentava adquirir meios para atacar militares da Marinha em sua cidade.
O orçamento da Marine Nationale para 2016 deve prever recursos para um aumento do número de comandos navais, bem como a aquisição de metralhadoras leves, pistolas automáticas e viaturas blindadas de patrulha.
Semana passada, durante um Forum em Dakar, capital do Senegal, o ministro da Defesa da França, Jean-Yves Le Drian, já havia determinado medidas especiais de proteção para os navios da Esquadra de seu país que se encontram servindo em regiões distantes, como o porta-helicópteros Mistral, que está no Golfo da Guiné – costa ocidental da África –, a fragata Coubert, que opera ao largo do litoral da Líbia, e a tripulação do porta-aviões Charles De Gaulle, que se prepara para partir, quarta-eira que vem (18.11) para a costa da Síria.
Gendarmes no patrulhamento a pé dentro da Base Naval de Toulon
Plano Brasil
A França está se tornando especialista em tentar consertar uma casa depois de arrombada. Só corre atrás do prejuízo. Será que não tem nenhuma instituição francesa com alguma competência para fazer um trabalho investigativo sério que previna atentados como este, ao invés de ter que correr atrás depois?
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