Foto da construção do “Riachuelo” publicada pelo “lemarin.fr”
Por Roberto Lopes, do Rio de Janeiro
O site francês de assuntos marítimos lemarin.fr colocou no ar, ontem (03.11) à noite, um artigo sobre a desaceleração do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB), que vem sendo implementado no município fluminense de Itaguaí, pela Marinha do Brasil em parceria com a Itaguaí Construções Navais (ICN) – uma joint venture do estaleiro DCNS com a empreiteira brasileira Odebrecht.
Coup de frein sur le programme brésilien de sous-marins (“Freio no programa de submarinos brasileiro”) diz o título da matéria*.
O texto chama a redução no ritmo de implantação do PROSUB de douche froide (“ducha fria) e diz que os chefes navais brasileiros suspenderam os trabalhos de construção de seus submarinos classe Scorpène, informação que não reflete a realidade.
“Este freio repentino tem por motivos a crise económica e os assuntos que repetidamente sacodem a administração”, informa o lemarin.fr, em uma breve – e velada – alusão às consequências da Operação Lava Jato.
O site, que é fortemente influenciado pelos relatos de fontes da DCNS, ressalta: “o programa [de Desenvolvimento de Submarinos] não encontrou qualquer dificuldade técnica”. Mas a reportagem admite: “Poucos detalhes estão disponíveis sobre o novo calendário do programa” (Peu de détails sont encore disponibles sur le nouveau calendrier du programme).
O texto detalha o cronograma original da Marinha para o PROSUB: o Riachuelo (S40), primeiro submarino convencional da classe Scorpène, deveria ficar pronto em 2017; e o Humaitá (S41), seu irmão-gêmeo, em 2019.
O artigo informa que a jornada de trabalho dos operários envolvidos no PROSUB foi “encurtada”, e que o custo do programa completo – incluindo a base de submarinos de Itaguaí – foi estimado em 10 bilhões de Euros.
*Disponível em http://www.lemarin.fr/secteurs-activites/defense/23472-coup-de-frein-sur-le-programme-bresilien-de-sous-marins
Plano Brasil
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