Os recentes ataques terroristas em Paris, França, são utilizados para reavivar a chama da guerra contra o governo e o povo da Síria, denunciou na quinta-feira (19) o jornal paquistanês The Nation.
Capa do jornal The Nation, do Paquistão
A Força Aérea francesa cobrou vingança bombardeando um estádio, um museu, instalações de saúde e um edifício da administração pública na cidade oriental de Raqqa, sob poder do grupo terrorista Estado Islâmico (EI), critica um artigo de opinião desse jornal.
Seguindo os passos dos Estados Unidos, que o mantém acorrentado nos assuntos internacionais, o governo francês nunca se preocupou em obter uma autorização do Conselho de Segurança da ONU ou do governo sírio antes de lançar seus mísseis, informou a fonte.
Em contraste, a publicação destaca as ações da Rússia para enfrentar os grupos extremistas na Síria, ao afirmar que se realizam conforme o direito internacional e com permissão de Damasco.
A intervenção aberta e encoberta dirigida por Washington contra o país árabe, seja através de sua campanha de bombardeio ilegal ou do apoio a grupos islamistas para tentar derrubar o presidente Bashar al-Assad, é responsável pela morte e deslocamento de milhões de pessoas, enfatiza.
Segundo The Nation, a “França, como o resto da União Europeia, é sócia deste projeto sangrento”. Se realmente deseja derrotar o terrorismo, deve optar por ser parte da coalizão da Rússia que já demonstrou sua capacidade para combater o Estado Islâmico, agrega.
O artigo condena os atentados na capital francesa, mas critica o silêncio do Ocidente sobre outros atos similares em nações pobres ou em vias de desenvolvimento.
Também questiona os ataques à liberdade de expressão em nome da luta antiterrorista e a crescente islamofobia.
Segundo o jornal, ao mesmo tempo em que expressamos nossa solidariedade com o povo da França, há que convocar o governo de François Hollande a mudar sua postura.
Prensa Latina
Naval Brasil
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