Bela imagem de um JF-17 Block 1 da Força Aérea Paquistanesa
Por Roberto Lopes
Depois de acertar, no primeiro semestre, a exportação para a Aviação Militar de Myanmar (antiga Birmânia) de um lote de caças JF-17 – fabricados em conjunto com a indústria chinesa Chengdu Aircraft Industry Corporation (CAC) –, o Complexo Aeronáutico do Paquistão (PAC, na sigla em inglês) pode estar prestes a marcar uma segunda vitória em seu esforço de tornar a aeronave bem sucedida no mercado internacional.
A nova encomenda seria decidida já nos próximos dez dias, quando o Primeiro-Ministro paquistanês, Nawaz Sharif, desembarcar em Colombo, capital do Sri Lanka, para uma visita oficial aguardada com certa expectativa na região do Oceano Índico.
Afinal, o regime do Sri Lanka é visto como área de influência político-econômica da Índia. E os indianos gostariam que os militares de Colombo pudessem esperar pelo seu caça leve Tejas – que nem mesmo na Força Aérea Indiana é ainda considerado plenamente operacional.
O caça indiano Tejas
A viagem de Sharif acontecerá cerca de dois meses depois que o governo paquistanês recepcionou (com atenções extraordinárias) o Marechal do Ar Gagan Bulathsinhala, Comandante da Força Aérea do Sri Lanka.
O convite para essa visita fora feito no último dia de junho deste ano, pelo Alto Comissário (equivalente a Embaixador) do Paquistão em Colombo, Major General (da reserva) Syed Shakeel Hussain, que compareceu pessoalmente ao gabinete do Comandante da Aviação do Sri Lanka.
A sequência mostra o Marechal do Ar Bulathsinhala recepcionando o chefe de missão paquistanês em Colombo; notar a foto de caças F-7 na parede do gabinete do oficial
No Paquistão aconteceu o que já se previa: Bulathsinhala (um ex-piloto de caça F-7 chinês) foi levado para conhecer o JF-17, e convidado a mandar uma equipe de seus especialistas (pilotos e mecânicos) testar a aeronave na planta industrial de Kamra, perto de Islamabad, onde o Complexo Aeronáutico Paquistanês produz a aeronave.
Kfir – A Aviação Militar do Sri Lanka voa, atualmente, um mix de aeronaves fabricadas na China, e está em busca de elevar o padrão operacional do seu componente de Defesa Aérea.
No período de 1983 a 2009 – auge da guerra civil que opôs as forças governamentais aos guerrilheiros do Exército de Libertação Tamil –, a principal carga de missões de bombardeio da Força Aérea esteve reservada a um grupo de caças Kfir (modelo C-10 modernizado), de origem israelense.
O JF-17 não passa de uma aeronave de 3ª geração (eletrônica) mas, em relação ao C-10 de Israel, representa, dos pontos de vista aerodinâmico e construtivo (aproveitamento de materiais compostos), uma inequívoca evolução.
Atualmente apenas a Força Aérea Paquistanesa emprega a versão Block 1 do JF-17 (desde 2010), mas este mês a corporação já recebeu o seu 16º caça do modelo Block II – igual ao que está sendo ofertado no mercado internacional.
Os militares paquistaneses encomendaram nada menos do que 50 caças JF-17 Block II, e com eles planejam equipar quatro esquadrões.
A entrega pelo PAC dos caças sino-paquistaneses permitirá que a Força Aérea Paquistanesa aposente os seus caças franceses Dassault Mirage III/V e F-7P e os chineses F-7P (cópia do Mig-21 russo).
Mirage paquistanês
A indústria aeronáutica paquistanesa mantém a expectativa de que a Aviação Militar de seu país absorva ao menos 250 unidades do JF-17.
Plano Brasil
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