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sábado, 9 de janeiro de 2016

Atenção Força de Minagem e Varredura! UUV fornecido pela Lockheed Martin para caçar minas navais decepciona a ‘US Navy’

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A sequência mostra imagens do UUV RMS, da Lockheed Martin
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Por Roberto Lopes

O assunto é do interesse da Marinha do Brasil que, nos últimos anos, por meio de parcerias com a Universidade de Fortaleza, com o Laboratório de Veículos Não Tripulados da Universidade de São Paulo e com empresas privadas, vem intensificando sua pesquisa no sentido de identificar novos equipamentos, tecnologias e métodos capazes de auxiliar na tarefa de caça e destruição de minas navais.

Vamos, portanto, aos fatos.

Depois de criar um posto, em sua cadeia de comando, para um oficial comandante de drones subaquáticos, e de lançar o seu plano de ter um esquadrão desses equipamentos em plena atividade ainda antes de 2020, a Marinha dos Estados Unidos confessou, no fim do ano passado, que está completamente decepcionada com o veículo subaquático não tripulado RMS (Remote Minehunting System), que vem submetendo a testes.

O RMS é um Unmanned Underwater Vehicle (UUV) de última geração, que lhe foi entregue por nada menos que a Lockheed Martin Maritime Systems & Sensors, pertencente a um dos grupos empresariais de maior prestígio da indústria de Material de Defesa dos Estados Unidos.

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O drone RMS não tem funcionado a contento

Oficiais do Escritório de Provas Operacionais e Avaliação do Departamento de Defesa foram diretos. Eles concluíram (e anunciaram) que esses equipamentos concebidos para  buscar e anular minas navais são claramente incapazes de cumprir a missão para a qual foram desenhados.

Reboque – Mas não se trata apenas de lamentar os muitos milhões de dólares aplicados no desenvolvimento desse fracasso.

Resta resolver o que será feito com um plano de incinerar 864 milhões de preciosos dólares na aquisição de 54 unidades de um veículo subaquático que, simplesmente, não funciona a contento.

O equipamento deveria ser embarcado nos novos navios de combate litorâneo da frota americana. Mas, segundo o portal de notícias Bloomberg, os drones submarinos da Lockheed Martin falharam completamente no momento de detectar as minas submarinas.
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O drone RMS em testes
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Segundo essas informações, desde setembro passado – apesar de dotados de um sonar capacitado a detectar explosivos submarinos a uma distância segura – os drones falharam um total de 24 vezes. E em sete dessas ocasiões foi necessário rebocar os veículos para um porto, porque eles também não conseguiam navegar por seus próprios meios…

Devido a todos esses episódios foi adiada a definição sobre uma data para a realização de um último e definitivo teste com os UUV da Lockheed Martin.

NEMO – A Marinha americana leva o assunto dos drones muito a sério.

Em abril de 2015, a poderosa US Navy criou um posto em sua hierarquia para controlar a frota de drones subaquáticos da corporação.

Em fins de outubro último, apostando que esses equipamentos eram a resposta de “baixo custo humano” para a localização e destruição de minas navais, os chefes navais estadunidenses revelaram um plano de ativar todo um esquadrão de Unmanned Underwater Vehicles – e de fazer isso em ritmo acelerado, nos próximos quatro anos.

Tanto que a Marinha americana separou, para 2016, uma verba de 232,9 milhões de dólares só para comprar drones – 86,7 milhões de dólares a mais do que foi gasto em 2015.

Dinheiro para os veículos subaquáticos não tripulados parece mesmo não faltar.

O Departamento da Defesa dos Estados Unidos também reservou recursos para custear um lote de veículos UUV experimentais, como o chamado Projeto NEMO – que trabalha modelos de drones que se deslocam debaixo d’água em movimentos parecidos com o dos peixes –, ou o dos drones submarinos que poderão subir à superfície para entregar uma carga útil, ou ainda lançar um VANT (Veículo Aéreo Não Tripulado)…

Mas a verdade é que a Navy já se daria por satisfeita se os atuais modelos de UUV caça-minas funcionassem – ou seja, buscassem, efetivamente, seu alvo.

Nesse mar de promessas a indústria americana está com água até o pescoço. Alguns projetos acenam até com a possibilidade de desenvolver mecanismos que (ao menos em tese) permitiriam aos drones permanecer submersos – à espreita de um alvo – por meses.

Prioridades – Em todo o mundo existem 144 tipos de veículos subaquáticos não-tripulados, que, movimentando-se de forma autônoma ou por comando remoto, podem configurados de 251 maneiras diferentes.

Em sua diretriz central para os UUV, a Marinha americana fixou nove prioridades.

Elas correspondem às funções que os veículos subaquáticos precisarão cumprir – um leque que varia da simples tarefa de entregar suprimentos à distância até a de lançar armas para danificar de forma irreversível os submarinos inimigos.

Mas, nesse elenco de funções, uma das que conserva prioridade mais alta é a da caça e destruição de minas navais – precisamente a tarefa na qual os equipamentos da Lockheed Martin estão fracassando.
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Especialistas da Marinha dos Estados Unidos colocam um artefato tipo UUV na água
O assunto virou uma obsessão dos almirantes estadunidenses desde que, em 1991, algumas minas navais iraquianas causaram graves danos a barcos de superfície da frota dos Estados Unidos no Golfo Pérsico.

REMUS – Nos anos de 2000 foi ativado o programa REMUS, que envolvia o desenvolvimento de uma série de drones (com o formato de um torpedo) que deveriam monitorar as profundezas marinhas.

Um dos modelos mais testados foi o REMUS 600, fabricado pela Kongsberg Maritime no estado americano de Massachussets, hoje já substituído pelo modelo MK 18 Mod 2 Kingfish.

A Marinha paga 1,3 milhão de dólares por cada Kingfish, e sua expectativa é de que o emprego massivo desses equipamentos torne dispensável o treinamento de golfinhos para detectar minas.

120827-N-WB378-475  U.S. 5TH FLEET AREA OF RESPONSIBILITY (Aug. 27, 2012) Civilian contractors secure an M18 Mod 2 Kingfish unmanned underwater vehicle to the deck of an 11-meter rigid hull inflatable boat. The Kingfish uses side scan sonar to search and discover objects of interest. This marks the first time the vehicles have been added to mine countermeasure operations in the U.S. 5th Fleet area of responsibility. (U.S. Navy photo by Mass Communication Specialist 2nd Class Blake Midnight/Released)
O modelo Kingfish prestes a ser testado
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Além da Kongsberg Maritime também desenvolvem drones navais a Bluefin Robotics, que oferece o seu modelo Bluefin-21, a General Dynamics, que produz o Knifefish, e a Lockheed Martin com o seu Sistema de Caça-Minas Remoto RMS – todos projetados para mapear as minas navais inimigas.
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Drone Bluefin-21

Plano Brasil

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