Na manhã desta quarta-feira (13), militares da Coreia do Sul realizaram uma série de disparos preventivos contra um drone norte-coreano perto da fronteira entre os dois Estados.
Segundo a agência de notícias sul-coreana Yonhap, o incidente deu-se na parte ocidental da Zona Desmilitarizada que separa as Coreias. A mesma fonte informa também que o drone não sofreu danos, mas voltou a adentrar-se ao Norte.
A situação está ficando tensa entre Seul (Coreia do Sul) e Pyongyang (Coreia do Norte). Na semana passada, o Norte afirmou ter realizado com êxito um teste de míssil de hidrogênio. Em resposta, Seul voltou a ligar, em 8 de janeiro, os altofalantes instalados do lado sul-coreano da fronteira para transmitir propaganda ao Norte.A presidente do país do Sul, Park Geun-hye, afirmou nesta semana que “o governo irá continuar protegendo a segurança dos seus cidadãos e continuará os esforços para transmitir a verdade aos residentes da Coreia do Norte”.
Conflito
As Coreias estão em estado de guerra, mesmo depois do fim da Guerra da Coreia de 1950-1953. Não houve nenhuma trégua oficial assinada.
O conflito está em uma fase latente, os altofalantes e outras maneiras de fazer retórica tendo sido a principal arma.
A agência de notícias oficial norte-coreana KCNA tem ressaltado, ultimamente, o significado do teste do míssil nuclear supostamente lançado como uma “garantia” que assegura que o país não poderá ser atacado.
“O teste não teve nem o intuito de ‘ameaçar’ ninguém, nem de ‘provocar’ ninguém”, ressaltou a KCNA em uma mensagem.
Porém, trouxe uma comparação: “[Os cientistas da Coreia do Norte] estão entusiasmados para detonar bombas de hidrogênio de centenas de kilotoneladas e megatoneladas, capazes de destruir todo o território dos EUA de vez”.Vários especialistas dos EUA duvidam se o teste foi realmente exitoso.
“O míssil foi ejetado, começou a arder e depois falhou catastróficamente <…> A Coreia do Norte editou o vídeo drasticamente para esconder o fato”, afirmou Melissa Hanham, do Centro James Martin de Estudos sobre a Não Proliferação, citada pela agência Reuters.
O Centro alegadamente analisou o vídeo e concluiu que o mesmo constitui uma combinação de fragmentos de várias gravações para criar a sensação de um lançamento múltiplo, quando um só míssil é disparado.
Já o engenheiro John Schilling, que também analisou o vídeo, disse à Reuters ter a impressão de que não foi um submarino, senão um barco afundado do qual o lançamento foi realizado. Para ele, isso significa que “a capacidade operacional inicial de um submarino de lançamentos de mísseis balísticos não é esperada até 2020”.
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