Em uma recente entrevista, o ex-chefe da inteligência da Finlândia (PVTIEDL na sigla em finlandês) partilhou a sua opinião em relação à Rússia.
Segundo o ex-chefe da inteligência Sakari Wallinmaa, a Rússia continua aumentando o seu potencial militar, mas não representa ameaça direta à Finlândia. Enquanto isso, se a Finlândia se juntar à OTAN, a Rússia pode tomar medidas.
Sakari Wallinmaa fez esta previsão na entrevista à publicação Huvudstatsbladet.
Wallinmaa opinou, sublinhando o fato de que nos últimos anos tem prestado atenção especial à situação político-militar na Rússia, que as autoridades do seu país devem tomar em contra a posição russa.
“A Finlândia deve admitir que temos um vizinho-superpotência que nos últimos anos tem aumentado o seu potencial militar por meio da modernização dos seus equipamentos e de treinamentos, treinamentos quer tradicionais, antecipadamente planejados, quer os anunciados de surpresa, que são um fenômeno russo”, disse.
O especialista militar sublinhou especialmente que o poderio militar da Rússia não deve ser razão para ter medo deste país. Mesmo assim, destacou a posição dura russa em relação à OTAN e opinou que a Rússia já por muito tempo tenta persuadir Helsinki a abandonar a ideia de se juntar ao bloco militar.
"Claramente, no final das contas, a adesão à OTAN é uma questão da política interna da Finlândia, mas nós não podemos ignorar as objeções do país vizinho e apenas encolher os ombros", explicou.
O ex-militar chamou a atenção especial para a necessidade de realizar um diálogo aberto com a Rússia e opinou que o estado de coisas atual [a Finlândia coopera com a OTAN, mas não mostra abertamente planos de se juntar ao bloco] não provoca grande entusiasmo na Rússia.
Cabe mencionar que, antes da virada do ano 2015, o presidente russo Vladimir Putin apresentou uma nova estratégia da segurança nacional, na qual a expansão da OTAN é vista como uma ameaça à Rússia.
Sputnik
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