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quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Franceses vão aposentar caças navais Super Étendard modernizados; Argentina se interessa por eles

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A sequência mostra um SEM a bordo do porta-aviões “Charles De Gaulle” em posição de decolagem e, abaixo, alguns Super Étendard na base argentina Comandante Espora
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Por Roberto Lopes

Pode vir da França – ou, mais especificamente, dos estoques de armamentos usados da França – a primeira boa notícia do governo Mauricio Macri para as suas desprestigiadas Forças Armadas.

A Embaixada argentina em Paris acompanha de perto as notícias de que a Marinha francesa prepara a retirada do serviço ativo, em julho próximo, dos seus últimos oito caça-bombardeiros navais Dassault-Breguet Super Étendard modernizados (Super Étendard Modernisé, ou SEM, como eles são conhecidos no jargão militar francês).

As aeronaves pertencem à Flotilha Aérea 17F, sediada em Landivisiau (Bretanha Francesa), e estão plenamente operacionais – tanto que, nesse momento, cumprem suas derradeiras missões de combate a bordo do porta-aviões Charles De Gaulle, em operação no Golfo Pérsico.

Os SEM são os antigos jatos Étendard IVM originais, modificados em meados da década de 1990 para poderem utilizar mísseis e bombas mais sofisticadas. A nova versão estreou na Guerra do Kosovo, em 1999, realizando nada menos do que 400 incursões contra o inimigo em terra. Depois foi empenhada em campanhas áereas no Afeganistão e na Líbia. Agora cumpre tarefas de autodefesa da frota francesa capitaneada pelo Charles De Gaulle, enquanto os caças Rafale embarcados no navio incursionam sobre as posições da organização terrorista Estado Islâmico nos territórios da Síria e do Iraque.
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Aeronaves Super Étendard, pertencentes à Flotilha 17F, embarcadas no “Charles De Gaulle”

Espera – A primeira previsão era de que a Marine Nationale começasse a retirar esses aviões da ativa no ano de 2010, o que não se confirmou.

Entre 2011 e 2013, valendo-se de canais diplomáticos e militares, o governo argentino comunicou ao Ministério da Defesa francês, por três vezes, seu interesse pelos aviões. Mas, pouco depois, foi informado de que, em função de um atraso na entrada em operação dos novos caças Rafale M (que só começaram a se tornar operacionais a partir de 2006, e assim mesmo de forma muito lenta), os SEM seriam mantidos na ativa até o fim de 2015.

A 2ª Esquadrilha Aeronaval de Caça e Ataque do Comando Aeronaval argentino mantém nove aeronaves Super Étendard em sua Base Aeronaval Comandante Espora (sede da Força Aeronaval Nº 2), da cidade de Bahía Blanca – a 636 km de Buenos Aires e apenas 29 km de Puerto Belgrano, principal base naval argentina.
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Flagrantes da rotina da Base Aeronaval Comandante Espora, “lar” dos Étendards argentinos
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Os aviões estão da maneira com que chegaram à Argentina, em 1980… Uma promessa de autoridades francesas de modernizar os caças argentinos nunca foi concretizada, e, hoje, apenas um ou dois aparelhos ainda realizam voos, e assim mesmo de forma esporádica.
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Um Super Étendard em exibição estática na Base Aeronaval Comandante Espora, pouco mais de 600 km ao sul de Buenos Aires; os armamentos expostos são os mesmos que servem à aeronave há mais de 35 anos…

Os cinco jatos EMBRAER 326G Xavante que constituíam a dotação da 1ª Esquadrilha Aeronaval de Caça e Ataque foram aposentados em 2007, e a própria unidade fechada dois anos mais tarde.

A compra das aeronaves SEM que serão desativadas na França permitiria regularizar as atividades da 2ª Esquadrilha – a única dotada de aparelhos a jato na aviação de combate da Marinha Argentina.

Plano Brasil

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