Indubitavelmente o J-20 chegou para desequilibrar a balança do poder aéreo regional asiático, porém ainda há caminhos a serem trilhados antes da conquista almejada pelo PLAAF.
Tradução e adaptação: E.M.Pinto
Colaboração: Dagão vermelho- Taiwan
O projeto do caça de 5ª Geração chinês J-20, tem feito alguns significativos progressos nos últimos 2 anos. Iniciada a camapanha de protótipos em 2011 o programa acelerou vertiginosamente ao longo dos últimos cinco anos e confirma a expectativa de sua operacionalidade em meados de 2017.
Recentemente um significativo ganho foi alcançado no programa. Aos finasi de
dezembro de 2015 foi revelado o que parece ser o primeiro caça de série o chamado “2101”, bem como o da segunda aeronave 2102 certificam a capacidade de produção em série atingida pela indústria chinesa e é presumível que o primeiro lote de aeronaves de série seja entregue ainda este ano. Se isso ocorrer, as aeronaves iniciarão o processo de expansão do envelope de vôo, testes avaliação de novos sistemas de armas, desenvolvimento de novos procedimentos de treinamento e táticas de combate para a nova aeronave.
A expectativa do PLA é que se a avaliação pelo FTTC, responsável por esta fase de testes e ensaios proceder bem, o J-20 pode ser certificado e começar a entrar em serviço no próximo ano como esperado. Analistas ocidentais e mais recentemente os chineses já admitem publicamente que o projeto avançou em um par de anos mais rápido que as expectativas originais. Como consequências, o progresso no programa J-20 ressoa em implicações geopolíticas regionais e mundiais.
Não é segredo para ninguém que a china se incomoda com a óbvia ameaça à supremacia regional da PLAAF, advinda do grande número de caças F-35 que serão implantados na região circundante ao mar da china, mais especificamente nos aliados dos Estados Unidos.
Especialmente agora que a Europa entra em declínio econômico e consequentemente redúz às claras suas ambições militares, o programa F 35 passa a ser uma maior oportunidade para os aliados asiáticos dos Estados Unidos, estamos falando aqui também de redução de tempo de espera por caças disponíveis e oportunidades para os aliados americanos ingressarem neste programa como compradores diretos.
Neste cenário reduzido aos próximos quatro anos, o J-20 entra em serviço semo seu motor projetado WS-15 que ainda não está pronto, é presumível então que os priemiros esquadrões sejam dotados de caças limitados em termos de combustívele carga bélica, bem como limitados também nas capacidades e desempenhos de vôo.
Analistas mais otimistas alegam ser necessário mais quatro anos para que o WS-15 seja certificadom. Isto implica que não se pode esperar uma produção em massa do motor nem tão pouco que se completem 5 esquadrões mínimos do caça equipados com o novo motor para antes de 2025. Certas missões envolvem a necessidade de maior autonomia, capacidade de carga as quais o J-20 simplesmente não poderá executar. Isso quer dizer que por pelo menos uma década a USAF e USNvy terão ainda as vantagens qualitativas e quantitativas d eforma esmagadora na região do pacífico frente à PLAAF e PLAN no curto e médio prazo.
O estado atual do programa WS-15 não é conhecido, analistas chineses apontam ainda a necessidade de pelo menos 4 anos para a maturidade do programa.
Este cenário ainda vai se reproduzir mesmo depois do J-20 entrar em serviço, em números maiores e equipados com o definitivo WS-15. Isto porque , apesar do J-20 provavelmente possuir certas vantagens sobre F-35 em desempenho vôo, potência e carga útil, ele certamente terá desvantagens em relação ao F 35 nos quesitos sensores, sistema de armas e consequentemente na capacidade de operar em um ambiente centrado em redes.
Apesar de ecoar diferente nas mídias americanas, a PLAAF respeita e muito o F-35 e o considera a sua maior ameaça, inclusive o classifica como um caça mais respeitável que o F-22, devido à vantagem técnica e numérica.
Para alguns analistas esta comparação é esdruxula, de modo que o caça chinês enquadra-se melhor se comparado ao seu rival russo, o chamado T-50 PAK FA, cujo programa encontra-se igualmente em desenvolvimento.
Nessa questão pode-se comparar os dois projetos nos últimos anos, já que são conteporâneos e tiveram inicio praticamnete no mesmo tempo. Ambos programas visam desenvolver plataformas semelhantes, sendo que o Russo em primeira análise parece desenvolver uma plataforma resultante da evolução natural da consagrada família flanker. Porém, se por um lado os russos apostam na capacidade de manobra, sensores e autonomia de combate em detrimento da descrição do caça. Já os chineses claramente deram mais ênfase à furtividade e alcance.
Em termos cronológicos no entanto, sempre se pensou que o desenvolvimento do PAK-FA seria consolidado em primeiro lugar, com expectativas de sua incorporação no serviço ativo da VKS em meados de 2016. Entretanto, como mencionado por várias vezes o programa tem enfrentado sérios problemas nos últimos 2 anos , enquanto que o J-20 está a decorrer sem quaisquer contratempos. Tudo indica que o J-20 entrará no serviçoa tivo e em quantidades superiores ao seu rival Russo.
Ressalta-se aqui um ponto em comum em ambos os programas, o atraso no desenvolvimento de seus motores. O que vale em termos de atraso para o J-20 também é verdade para o PAK-FA, ambas aeronaves iniciarão o serviço com capacidades limitadas até que seus motores definitivos estejam em plena operação. Ao que indica os PAK-FA serão equipados com uma variante do AL-31 e o J-20 com as variantes do WS-10 ou mesmo do AL-31.
Com o seu programa perto de ser finalizado resta ainda para o J-20 o desenvolvimento de um motor mais potente que lhe garanta a plena capacidade de combate.
A expectativa é que o PAK-FA, seja equipado com o motor denominado Izdeliye 30, esperado para iniciar os testes de vôo em 2017 e se juntar ao serviço por volta de 2020, ao passo que o J-20 seja equipado com WS-15, entrando em produção igualmente na mesma altura.
Uma análise mais criteriosa do progresso de ambos os programas no momento atual, indica a vantagem do J-20 e a sua entrada em serviço em menos tempo já que a maioria dos seus subsistemas, com exceção dos motores estão prontos, enquanto que o PAK-FA teve adiado os seus vôos de teste após o incidente com o protótipo nº 5, bem como tem enfrentado problemas no desenvolvimento e integração do RADAR e dos sistemas de guerra eletrônica.
Embora seja d econhecimento que os radres e sistemas de ECM chineses serão menos sofisticados que os russos, estes já estão prontos o que indica que a China terá levas de caças operacionais bem antes que a Rússia.
Em termos geopolíticos, não se deve considerar para a China apenas a ameaça advinda dos EUA e seus aliados, pois embora atualemente China e Rússia possuam uma relação amigável, vale relembrar que nem sempre foi assim, em meados dos anos 80 a China chegou a considerou e declarar a Rússia como o seu mais perigoso e maior inimigo. É importante notar também a mudança de ventos tomados pela indústria de defesa chinesa que até então vinha sendo uma mera sombra, discípula da indústria de defesa Russa desde os anos 50.
Os sucessivos problemas e trasos no programa Russo T-50 PAK-FA têm colocado em cheque a garantia de supremacia aérea Russa e de seus aliados na Ásia para próxima década.
Porém, nesta década especificamente esta situação mudou, a China caminah agora independente em cerca de 85% dos desenvolviementos tecnológicos militares e segundo o PLA, das 20 tecnologias críticas consideradas Game changer no scenário atual, a china já desenvolve independentemente 18, uma década atrás, este número situava-se em 7 de 20.
Seria um impulso tremendo para o orgulho chinês saltar à frente da Rússia no item aviação militar até porque tal feito de quebra silenciava as ambições Indianas outro rival regional a ser temido. A Índia participa do desenvolvimento do PAK-FA desde o início, quando a Rússia orgulhosamente declarou que não estava disposta a desenvolver esta parceria com a China, ação esta que teve como reação a busca pela china de um caça integralmente doméstico o que resultou ironicamente no J-20.
Os sistemas de combate e aviônicos assim como o RADAR AESA do J-20 já estão prontos para operação.
Curiosamente no estágio atual frente aos atrasos do programa PAK-FA, a Índia tem reclama regularmente da transferência de tecnologia pelos russos bem como dos crescentes aumentos de custo do programa. Alguns críticos afirmam que a Índia não está recebendo a aeronave ou mesmo a experiência de desenvolvimento que quer dentro do cronograma que estava esperando. Os fatores se agravam para o ambiente indiano quando se recorda que a China pode receber aeronaves mais avançadas, de 5ª geração a cerca de 5 ou mais anos antes que a Índia, cjuja aeronave mais avançada no seu inventário será o Dassault Rafale.
Na manga, a China possui ainda um segundo projeto de caça de 5ª geração, o J-31, que provavelmente entre em serviço depois do PAK-FA entrar em serviço com a Índia. Entretanto, se a China exportar o J-31 ao Paquistão a Índia terá muito poucos anos de vantagem em operação de caças de 5ª geração.
A irônica guinada estratégica na Ásia volta-se contra a Índia que originalmente esperava obter centenas de caças PAK-FA anos antes da China poder receber os J-20. As mudanças colocaram a Índia numa situação de fragilidade já que os seus dosi vizinhos rivais provavelmente serão equipados com caças 5G ao memso tempo porém em números significativamente maiores.
O caso Indiano se agrava frente ao desenvolvimento do MCA que não houve muitas movimentações em 2015 este que seria um rival direto do J-31 parece estar encubado por um período de tempo ainda maior, especialmente se considerada a experiência recente da HAL no desenvolvimento quse que a passo de tartaruga do LCA Tejas.
Os problemas enfrentados pelos russos no desenvolvimento dos motores e radar AESA colocam-no em desvantagens claras em relação aos rivais Chineses que igualmente compartilham desfavorecimentos no desenvolvimento dos motores.
A geopolítica Asiática do pacífico e índico parece mesmo caminhar para uma supremacia Chinesa (excluindo-se aqui os EUA). Os outros únicos projetos em desenvolvimento de próxima geração de caças são o coreano KFX e o japonês ATD-X / F-3. onde o primeiro, trata-se de uma aeronave de desempenho e furtividade inferior ao J-20 e ao J-31, além do mais a Coreia o espera estar operacional em meados da próxima década. Já o japonês trata-se de um projeto embrionário cujas reais capacidades são ainda desconhecidas, assim como o é também incerto o seu futuro, dado que não seria interessante para os EUA a concorrência destes programas para os potenciais compradores do F-35. Soma-se a isso o sucesso no programa J-20 que pode empurrar ambos os países para a escolha de um caça já consolidado e de capacidades superiores, este caça seria o F-35 em detrimento aos seus patrióticos programas.
Pode-se dizer que o caminho para o PAK-FA e para o J-20 na tentativa de criação de aeronaves de 5ª geração requer cautela, os EUA foram capazes de desenvolver seus programas porque tinham décadas de experiência. Porém é inevitável que no estágio atual em que se encontra o programa J-20, seus progressos já alteraram os cálculos geopolíticos na região.
Apesar de possuir uma suite eletrônica e armamentos mais sofisticados que o J-20, o PAK FA ainda enfrenta o problema da integração do sistemas de combate, radar e sistemas armas, itens que levarão pelo menos mais alguns anos para serem solucionados. Estes fatores críticos são fundamentais para a garantia da superioridade frente aos rivais Chineses.
Os países que movem-se para o PAK-FA como Rússia e Índia e provavelmente o Cazaquistão, estão agora em desvantagem, o J-20 tomou a frente e é seguido pelo J-31 que pode avançar rapidamente nos próximos 5 anos, e arrebanhar exportações entre os potenciais clientes tradicionalmente russos. O duelo a ser enfrentado pela China parece se concentrar nos potenciais clientes do F-35 e na capacidade superior da USAF e USNavy
Fonte: China-pla
Plano Brasil
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