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sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

Pensando em 2030: russos calculam que a principal arma de sua Marinha será a força de submarinos nucleares equipados com mísseis Bulavá

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18 de novembro de 2015: batimento da quilha do submarino “Imperator Aleksandr III”

Por Roberto Lopes

“A série de submarinos nucleares de quarta geração dos Projetos Borei e Borei-A, armada com mísseis balísticos Bulavá, irá se constituir no centro das forças navais nucleares da Rússia durante as próximas décadas”.

A declaração, do Comandante Adjunto da Marinha Russa, contra-almirante Viktor Bursuk, sinaliza para o fato de Moscou estar planejando ingressar na década de 2030 com uma Força Naval de capacidade operacional plena, e apta a atuar em qualquer oceano do mundo.

Bursuk adiantou a informação à agência de notícias TASS, a 18 de dezembro último, em Severodvinsk, ao final da cerimônia de batimento da quilha do submarino Imperator Aleksandr III.

A expectativa é de que, até 2020, os russos tenham concluído a fabricação dos oito navios dos Projetos 955 (Borei) e 955A (Borei-A) – o que permitirá que, em 2040, essas embarcações ainda estejam na ativa.

O último Borei-A terá a sua produção iniciada este ano de 2016.

Cronograma – O Knyaz Vladimir (Príncipe Vladimir), primeiro Borei-A, teve sua quilha batida a 30 de junho de 2012. Se tudo correr conforme o previsto, ele deve ser entregue à frota russa no ano que vem.

A 27 de junho de 2014 o estaleiro Sevmash assistiu a cerimônia de assentamento da quilha do Knyaz Oleg (Príncipe Oleg); a 26 de dezembro de 2014 foi a vez do Generalíssimo Suvorov.
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Interior do estaleiro russo Sevmash, por ocasião do acabamento do submarino “Severodvinsk” (K-560), da classe Yasen

Na terceira semana de dezembro de 2015 o almirante Bursuk presidiu a solenidade que tinha como centro das atenções o casco do Imperador Alexandre III.

Este último barco terá, como os demais do seu Projeto – desenhado pelo Birô de Design Central JSC, de São Petersburgo, no Norte da Rússia – , 170 m de comprimento, 13,5 m de boca máxima, e fantásticas 24.000 toneladas de deslocamento (submerso).

Tudo para conseguir funcionar como uma quase invisível plataforma lançadora de 16 mísseis balísticos intercontinentais tipo RSM-56 Bulavá, armas que podem voar por distâncias superiores aos 8.000 km.
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