Os protestos do Movimento Passe Livre (MPL) contra o reajuste da tarifa de ônibus, trens e metrô terminaram em confronto, na noite desta sexta, 8, entre black blocs e policiais militares, no centro de São Paulo e do Rio de Janeiro.
O tumulto deixou um rastro de destruição pelas ruas, com focos de incêndio, ônibus depredados e agências bancárias atacadas. Até as 21 horas, havia um PM e um manifestante feridos — duas pessoas foram detidas. Neste sábado, 9, a passagem sobe de R$ 3,50 para R$ 3,80.
A manifestação, com 10 mil pessoas, segundo a organização, se concentrou às 17 horas na frente do Teatro Municipal, a poucos metros da Prefeitura. A passeata começou uma hora depois.
O protesto contra o aumento das passagens de ônibus no Rio de Janeiro também terminou em confronto entre alguns manifestantes e a Polícia Militar (PM) nesta sexta-feira, na Central do Brasil, centro da capital fluminense.
A confusão começou no fim da tarde e a entrada da Central chegou a ser fechada por alguns minutos. Por volta das 21h, o cenário do lado de fora da estação era de guerra, com objetos queimados e novo confronto entre a cavalaria da PM e manifestantes. Alguns participantes do protesto foram detidos.
O tumulto começou quando bombas caseiras foram atiradas por manifestantes na Avenida Presidente Vargas. Eles também jogaram pedras nas instalações da Guarda Municipal e nos guardas que estavam no interior do prédio, que fica em frente à estação de trens. A polícia respondeu com bombas de efeito moral e de gás lacrimogênio.
O ajuste tarifário das passagens não foi o único tema abordado nos protestos. A defesa do direito de manifestação, os gastos públicos com as Olimpíadas e a violência policial também foram assuntos criticados em cartazes, músicas e palavras de ordem durante a manifestação.
Sputnik
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