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sábado, 30 de janeiro de 2016

Reuters diz que DCNS e consórcio japonês se isolaram na liderança da disputa pelo contrato da Marinha australiana para a compra de submarinos

SoryuvistopelaproaABRABRE
Submarino japonês da classe Soryu sendo submetido a manutenção

Por Roberto Lopes

A Marinha da Austrália considerou insuficiente a proposta do grupo alemão ThyssenKrupp Marine Systems (TKMS), de fornecer a essa Força Naval uma versão “estendida” – de 2.000 toneladas – do seu conhecido submarino Tipo 214 (que, na superfície, desloca 1.690 toneladas).

O novo programa de construção de submarinos a ser firmado pelos chefes navais da Austrália requer uma embarcação com deslocamento na faixa das 4.000 toneladas, com vistas à substituição, na próxima década, da flotilha de navios classe Collins.
Segundo a agência de notícias Reuters, o estaleiro francês DCNS e o consórcio naval japonês formado pelas empresas Mitsubishi Heavy Industries e Kawasaki Shipbuilding Corporation, se isolaram na liderança da disputa pelo contrato.

“A proposta alemã é uma versão ampliada de um submarino existente, o que é tecnicamente arriscado”, disse a Reuters um especialista em construção naval (que não quis se identificar) conhecedor do processo decisório dentro da Marinha australiana.

SoryuTipo214
Diagrama de um navio alemão Tipo 214

Soryu – No atual estágio da concorrência aberta pela Marinha Austrália, apenas os japoneses estão oferecendo um projeto de sucesso comprovado: o do submarino classe Soryu, de 4.000 toneladas.

Os franceses prometem algo que, por enquanto, só existe nas pranchetas: uma variante, de propulsão diesel-elétrica, do seu submarino atômico classe Barracuda, que vem sendo desenvolvido para a Marinha francesa.

Soryuvistoderé
Dois projetos diferentes: acima um Soryu da Marinha japonesa, plenamente operacional; abaixo a seção de ré do barco “Suffren”, primeiro Barracuda em construção para a Marinha francesa
SoryuSuffrenprimeiroBarracuda
O “prêmio” ao vencedor é grande: um programa de até 12 submersíveis pelo valor astronômico de 32 bilhões de Euros.

Os cuidados que vem sendo tomados pelos australianos podem estar ligados aos imprevistos (problemas técnicos, atrasos de cronograma e falhas de desempenho) que eles têm enfrentado com o projeto fornecido pelo grupo sueco Kockums, para os seus submarinos da classe Collins.
SoryuCollins
Os navios classe Collins, de projeto sueco, deram muita dor de cabeça aos chefes navais australianos

Imprevistos que derivariam de duas questões básicas: (1) o fato de o projeto da Kockums ter resultado de uma ampliação da classe sueca Västergötland, e (2) a circunstância de que toda a experiência dos suecos da Kockums ter se limitado ao planejamento de submersíveis pequenos, próprios para operar nas águas de pouca profundidade do Mar Báltico.

Plano Brasil

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