A sequência mostra as caixas de peixes frescos acumuladas nos molhes de pescadores da Islândia, e dezenas de barcos pesqueiros parados, sem trabalho por causa da redução na demanda do produto (que já ocasiona um excesso de oferta no mercado doméstico)
Por Roberto Lopes
A Rússia, país de quase 145 milhões de habitantes, está punindo a economia da Islândia, uma nação insular de menos de 350 mil almas, situada em latitudes próximas ao Ártico, no Atlântico Norte.
O governo de Reikjavik fez uma notificação extraoficial à direção da União Europeia, comunicando que Moscou confirmou, semana passada, o quinto mês de embargo à importação de pescado islandês.
Quando pararam de autorizar as compras de peixes frescos da Islândia – bacalhau especialmente –, as autoridades do governo Vladimir Putin explicaram à Embaixada de Reikjavik em Moscou que a nova situação fora criada pelas sanções que a Rússia vem experimentando desde o verão de 2014, em razão de seu posicionamento na crise ucraniana.
A Rússia apoia os milicianos contrários ao governo de Kiev que agem no sudeste da Ucrânia.
No outro lado do espectro europeu, a Islândia vive uma rotina isolada e pacífica.
O país é um dos 20 maiores produtores de peixe do planeta. Não integra a União Europeia, mas requereu sua filiação a essa entidade multinacional – que mantém relacionamento tenso com Moscou – em 2009.
A Islândia é um dos 20 países que mais produzem peixe no mundo
Atualmente a exportação de pescado representa de 35 a 40% das vendas que a Islândia faz ao exterior – um número que, apesar de alto, é bem melhor que o de 25 anos atrás, quando os peixes eram responsáveis por 75% de tudo o que os islandeses conseguiam vender ao mundo.
Em alguns portos da costa leste da Islândia a cena é desoladora, com vários barcos pesqueiros fundeados, sem atividade, porque, com menos compras por parte da Rússia, já existe um excesso de oferta de peixes no mercado consumidor doméstico.
Plano Brasil
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