Eduard Basurin, chefe anexo do Estado Maior das milícias na RPD, assegurou que centenas de soldados procedentes da Polônia, Geórgia e Turquia operam nas regiões de Pischevik e Nikoláevka, a uma distância entre cinco e oito quilômetros da faixa de contato.
Com a assinatura em 3 de novembro passado de uma lei que permite aos cidadãos estrangeiros e apátridas servir nas Forças Armadas da Ucrânia, o presidente Petro Poroshenko descumpriu de fato um dos pontos pactuados em Minsk em 12 de fevereiro de 2015, que prevê "a retirada de todas as forças estrangeiras".
Segundo o serviço de imprensa do governo, o documento número 716-VIII adotado em 6 de outubro de 2015 pela Rada Suprema (Parlamento unicameral ucraniano) proporciona aos nascidos fora do país a capacidade legal para assinar contrato de serviço nas Forças Armadas e outras formações militares, segundo o comunicado.
A maior presença de estrangeiros nas Forças Armadas e outras formações marciais, diminui a necessidade do chamado dos cidadãos da Ucrânia ao serviço militar durante a mobilização por um período especial, conclui o comunicado do meio da presidência, que ignora o compromisso explicitado nos acordos de Minsk.
A Agência de Notícias de Donetsk (AND), ao citar Basurin, informou que nas últimas 48 horas o Exército de Kiev descumpriu várias vezes o cessar-fogo em Donbass (sudeste da Ucrânia) com disparos de morteiros e da artilharia dos tanques de guerra.
Por sua vez, Andrei Lisenko, porta-voz da operação punitiva lançada pela Ucrânia desde abril de 2014 contra a população do Donbass, acusou os milicianos de realizar 42 bombardeios contra as posições do contingente do governo, deixando um ferido. A partir de setembro passado, as partes beligerantes concordaram em reforçar o armistício, e desde então se observou uma diminuição dos confrontos, enfatizada por acusações mútuas de violações esporádicas do compromisso de silenciar as armas.
O conflito originado pelo golpe de estado de 22 de fevereiro de 2014 em Kiev deixou já mais de nove mil mortos, cerca de 20 mil feridos e mais de dois milhões de deslocados.
mem/jpm/cc
Prensa Latina


Nenhum comentário:
Postar um comentário